O projecto, implementado em 2015, produziu este sábado os primeiros resultados, no Campus de Palmarejo Grande, na cidade da Praia, com a cerimónia de outorga de fitas aos primeiros finalistas. Na ocasião, o director da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Robalo Cordeiro, destacou o empenho dos novos médicos.
“Essa formatura representa um privilégio, orgulho e uma honra, por serem alunos exemplares e com um nível de dedicação muito da acima da média”, salientou o responsável, considerando os novos médicos “exemplos” de todos aqueles que passam pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
Robalo Cordeiro comprometeu-se a alargar o âmbito do projecto à formação avançada, nomeadamente com um programa de doutoramento em Ciências da Saúde.
Por sua vez, a reitora da Uni-CV, Judite Nascimento, recordou a ousadia da aposta na formação em medicina.
“Em Março de 2024 após a tomada de posse de reitora da Uni-CV solicitei um encontro com o então primeiro-ministro para apresentar as metas e os desafios do novo programa para o mandato de quatro anos (…) e foi considerado um programa muito ousado por ser o maior desafio da instituição”, explicou Judite Nascimento.
Hagi Lopes, em representação dos formados, disse que foi “um percurso árduo”, mas com “um fim triunfante”.
“Tivemos uma boa capacidade de resposta e adaptação e nós, os finalistas, e o país, estamos de parabéns por abraçarmos este projecto”, notou.
O mestrado integrado em Medicina, com duração de seis anos, surgiu de uma iniciativa conjunta das universidades de Cabo Verde (Uni-CV) e Coimbra (UC).
O curso arrancou com 25 alunos, 20 dos quais cabo-verdianos e cinco dos restantes países africanos de língua portuguesa, seleccionados num universo de mais de 100 candidaturas, com exigência de média de 17 valores.
O primeiro ano do curso teve um corpo docente de 14 professores, dos quais sete cabo-verdianos e outros tantos portugueses.