A docente entende que quanto maior o conhecimento que as comunidades costeiras tiverem, maior será o seu contributo na protecção dos ecossistemas.
“Isto faz parte da literacia, também, as pessoas compreenderem que tipo de projectos estão a ser implementados nas suas comunidades, que vantagens e desvantagens têm, para poderem saber acompanhá-los, distinguir quais os que protegem a protecção e a regeneração dos ecossistemas que já estão afectados pelo desgaste e pela poluição e dos quais essas comunidades dependem, têm que compreender que as suas vidas dependem dessa conservação”, afirmou.
Maria Estrela chamou a atenção para a questão dos benefícios gerados pela implementação de projectos, que devem ser equitativamente distribuídos pelas comunidades.
“Reduzindo também as desigualdades, porque a distribuição dos benefícios do turismo, projectos que são implementados nas zonas costeiras, não é igual. As pessoas que vivem nas zonas costeiras são as que menos beneficiam desse tipo de investimentos. Esse é um grande desafio e é um desafio de governação, também. É um desafio de literacia para as pessoas saberem reivindicar, conhecer, exigir e sobretudo dizer se querem ou não querem”, notou.
Maria Estrela defendeu que é preciso “conciliar e respeitar os interesses das comunidades costeiras com os programas de conservação e protecção do mar”.
A edição 2021 do Cabo Verde Ocean Week decorre até sexta-feira, em São Vicente, em formato híbrido.