Jorge Noel Barreto fez esse apelo, esta segunda-feira, na habitual conferência de imprensa sobre a situação epidemiológica no país.
Segundo disse há informação da circulação da sub variante da Ómicron B.A.2. “Tem sido uma variante que está a ser estudada, estão a analisar o seu comportamento e parece que é uma variante que apesar de não ser ainda dominante em termos de circulação, parece que está a caminhar para isso”.
Jorge Noel Barreto realçou que alguns estudos estão a apontar que essa sub variante B.A.2 pode ser mais virulenta que a variante original que é a B.A.1, ou seja, a sub variante B.A.2 poderá provocar casos mais graves do que a variante original de Ómicron.
“Isto quer dizer que essa sub variante não está dominante, em Portugal já está a circular, embora ainda não seja a mais frequente, mas a tendência que temos verificado nas outras ocasiões com a circulação das outras variantes é ir tomando alguns espaços”, frisa.
O Director Nacional de Saúde chamou a atenção das pessoas que já tem critérios para tomar a dose de reforço, para procurarem os postos de vacinação o quanto antes para receberem a sua dose. “Essa dose de reforço irá melhorar a imunidade, e para estarem melhor protegidas. Já temos provas mais do que suficientes de que a vacinação protege as pessoas, e no caso de terem a infecções, a infecção é muito mais leve, ou pelo menos não terá consequências tão graves. Mas é preciso que a imunidade das pessoas esteja reforçada”.
Em relação à taxa de letalidade global disse que está em 0,7%. E que neste momento há uma pessoa internada com COVID-19, no hospital Batista de Sousa em São Vicente. Trata-se de uma pessoa com mais 60 anos de idade que está completamente vacinado, embora não saibamos a quanto tempo. E de acordo com as informações que temos está numa situação que requer cuidados especiais e esperemos que essa pessoa consiga ultrapassar essa fase com apoio dos profissionais da saúde.
Fazendo um balanço dos últimos 14 dias, Jorge Barreto anunciou que no período de 7 a 20 de Fevereiro foi analisado um total de 5.953 amostras, uma média de 425 amostras analisadas por dia, que permitiu identificar um total de 74 casos novos nesse mesmo período, uma média de 5 a 6 casos por dia e uma taxa de positividade de 1,2%.
Nos 14 dias anteriores, ou seja, de 24 de Janeiro a 6 de Fevereiro foi analisado um total de 9.410 amostras, uma média de 672 amostras analisadas por dia, permitindo identificar 437 casos novos e uma média de 31 casos novos por dia, e uma taxa de positividade de 4,6%.
"Com esses dados verificamos que houve uma melhoria significativa da situação epidemiológica, em relação a COVID-19 em Cabo Verde. A taxa de transmissibilidade ou o RT está em 0,47".
A taxa de incidência acumulada, nos últimos 14 dias, está em 13 por 100 mil habitantes. "É a primeira vez, depois da vaga da variante Ómicron que estamos a ter uma taxa de incidência acumulada inferior a 25 por 100 mil habitantes, agora esses resultados precisam ser consolidados", apontou Jorge Barreto.
Cabo Verde tem 17 concelhos com uma taxa de incidência inferior a 25 por 100 mil habitantes: Praia, Tarrafal de Santiago, São Domingos, Santa Cruz, Santa Catarina de Santiago, Ribeira Grande Santo Antão, Porto Novo, Paul, Tarrafal de São Nicolau, São Salvador do Mundo, Ribeira Grande de Santiago, São Miguel, Maio, Mosteiros, São Filipe, São Lourenço dos Órgãos e Santa Catarina do Fogo.
"Temos alguns concelhos com a taxa de incidência acumulada zero por 100 mil habitantes que é o caso de São Domingos, Santa Cruz, Porto Novo, Paul, Tarrafal de São Nicolau, São Salvador do Mundo, São Miguel, Maio, Mosteiros e Santa Catarina do Fogo. Ainda temos cinco concelhos com uma taxa de incidência acumulada entre 25 e 150 por 100 mil habitantes que é o caso de Boa Vista com 32, São Vicente 26, Sal 30, Ribeira Brava em São Nicolau 45 e Brava 57".
De acordo com a última actualização, o país passa a contabilizar 17 casos activos, 55395 casos recuperados, 400 óbitos, 42 óbitos por outras causas e 9 transferidos, perfazendo um total de 55863 casos positivos acumulados.