Jorge Noel Barreto fez estas declarações à imprensa à margem da feira de medicina tradicional, a acontecer na Praça Alexandre Albuquerque, no Plateau, em comemoração do 20º aniversário do Dia da Medicina Tradicional Africana.
O director nacional da Saúde comentava na ocasião, a pedido dos jornalistas, sobre a resolução do Conselho de Ministros, publicada esta quarta-feira, no Boletim Oficial, segundo a qual Cabo Verde deixou de estar sob o estado de alerta, deixando de ser obrigatória a apresentação do Certificado Covid-19 válido ou teste de despiste negativo nas viagens inter-ilhas e internacionais com destino ao País.
Entretanto, quanto ao uso de máscaras, a direcção nacional de Saúde, conforme está previsto na resolução, decidiu manter a obrigatoriedade nos estabelecimentos de saúde porque, pelo que justificou Barreto, são lugares onde pessoas estão doentes e há maior probabilidade de contaminação.
Nos lares e centros de idosos também mantém-se a obrigatoriedade do uso de máscaras, uma vez que, salientou, são uma população de risco.
Para além disso, enfatizou o director, todas as pessoas que forem frequentar um espaço fechado, mas que tiverem sintomas que podem ser sugestivos de covid-19 é também obrigatória a utilização de máscaras e evitar a propagação do vírus.
Segundo o mesmo, a adopção destas novas medidas deve-se ao facto de a situação epidemiológica ser “bastante confortável, muito provavelmente” por causa da taxa de cobertura da vacinação em Cabo Verde.
“Mas, é bom lembrar que ainda a OMS não declarou o fim da pandemia, mas como nós estamos com uma situação, como já disse, bastante controlada neste momento, daí o motivo das novas medidas que foram publicadas na resolução”, recordou Joel Noel Barreto.
Mencionou, por outro lado, que ainda há pessoas que não estão vacinadas, tendo recomendado a essas pessoas a aderirem à vacinação, porque, ajuntou, “quanto mais pessoas estiverem vacinadas melhor”, sendo que já se tem mais do que evidência de que a vacina protege dos agravamentos e diminui a probabilidade de morte por causa de uma complicação por covid-19.
De acordo com os últimos dados avançados pelo Ministério de Saúde, o País contabiliza 16 casos activos, 61.869 casos recuperados, 410 óbitos, 46 óbitos por outras causas e nove transferidos, perfazendo um total acumulado de 62.350 casos positivos.