Turista ucraniana manifesta-se na Praia contra invasão russa e pede fim do conflito

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,1 mar 2022 15:15

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Dois turistas, uma de nacionalidade ucraniana, que se encontram em Cabo Verde manifestaram-se hoje, na Cidade da Praia, contra a invasão da Rússia à Ucrânia, apelando ao fim do conflito e à retoma da normalidade.

Volha Rymho, que é ucraniana mas reside na Bielorrússia, acompanhado de Ihan Inatimovich, bielorusso, estão de férias em Cabo Verde, há uma semana, onde foram confrontados com a conjuntura que neste momento envolve a Rússia e a Ucrânia.

“Nós viemos para este maravilhoso País de férias. Minha família é da Ucrânia e precisamos fazer algo para mostrar que a guerra não é solução, ou seja, qualquer conflito deve ser discutido de forma diplomática”, explicou Volha Rymho em declarações à Inforpress.

Ambos partiram da Polónia com destino à ilha do Sal, mas decidiram vir à Cidade da Praia manifestar o seu descontentamento em frente à Embaixada da Rússia em Cabo Verde.

Para a turista ucraniana, “é imaginável” uma guerra nos tempos modernos em que se vive, por isso, decidiu ficar um pouco mais no arquipélago e mostrar aos diplomatas russos na capital que não concordam com a política que a Rússia tem tido perante a Ucrânia.

“É importante esse conflito terminar agora, porque ontem falei com uma amiga minha que está na Ucrânia e ela escreveu-me que está neste momento a esconder-se de bombas e não sabe se vai estar viva amanhã. É terrível ouvir isso”, lamentou.

Quanto à sua família, acrescentou, está na Ucrânia, mas numa zona em que a guerra ainda não chegou, no entanto, tem vários amigos que estão em epicentros como Kiev.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar Moscovo ainda mais.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,1 mar 2022 15:15

Editado porAndre Amaral  em  16 nov 2022 23:28

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