Volha Rymho, que é ucraniana mas reside na Bielorrússia, acompanhado de Ihan Inatimovich, bielorusso, estão de férias em Cabo Verde, há uma semana, onde foram confrontados com a conjuntura que neste momento envolve a Rússia e a Ucrânia.
“Nós viemos para este maravilhoso País de férias. Minha família é da Ucrânia e precisamos fazer algo para mostrar que a guerra não é solução, ou seja, qualquer conflito deve ser discutido de forma diplomática”, explicou Volha Rymho em declarações à Inforpress.
Ambos partiram da Polónia com destino à ilha do Sal, mas decidiram vir à Cidade da Praia manifestar o seu descontentamento em frente à Embaixada da Rússia em Cabo Verde.
Para a turista ucraniana, “é imaginável” uma guerra nos tempos modernos em que se vive, por isso, decidiu ficar um pouco mais no arquipélago e mostrar aos diplomatas russos na capital que não concordam com a política que a Rússia tem tido perante a Ucrânia.
“É importante esse conflito terminar agora, porque ontem falei com uma amiga minha que está na Ucrânia e ela escreveu-me que está neste momento a esconder-se de bombas e não sabe se vai estar viva amanhã. É terrível ouvir isso”, lamentou.
Quanto à sua família, acrescentou, está na Ucrânia, mas numa zona em que a guerra ainda não chegou, no entanto, tem vários amigos que estão em epicentros como Kiev.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar Moscovo ainda mais.