Paulo Rocha falava à imprensa à saída da cerimónia de encerramento do terceiro curso de chefes de esquadra da Polícia Nacional.
“Os dados são os que constam do relatório do Conselho Superior do Ministério Público de 2020/21, um ano que como todos sabem de pandemia, em que as relações Polícia-Cidadão, com todas as restrições, nem sempre correram pelo melhor”, justificou.
Conforme frisou, o relatório também cita que foram aplicadas penas indisciplinares, designadamente de demissão, de suspensão ou outras medidas disciplinares que são sempre aplicadas quando as alegações são averiguadas positivamente, isto é, quando se confirmam.
“A Polícia Nacional é uma instituição muito ciosa desta questão das averiguações e as medidas são aplicadas sempre que se justificam. Mas queria dizer que estamos a falar de queixas que sequer representam 0,01% daquilo que a Polícia faz. A Polícia faz muita coisa bem feita, é uma instituição muito decente e digna e que se esforça para o bem da comunidade, visando sobretudo servir e proteger”, assegurou.
Em defesa dos agentes, Paulo Rocha referiu que muitas vezes estes cometem erros e falhas. No entanto, reforçou, o importante é não perder de vista o bem que a Polícia faz e que as vezes em que acerta é de longe superior aos erros que inevitavelmente acontecem.
“O importante é saber corrigi-los, de modo que não devem servir para espelhar uma instituição de 2 mil homens e mulheres”, enfatizou.
De referir que o documento do Departamento de Estado norte-americano divulgado no passado dia 13,aponta para abuso policial e superlotação nas cadeias em Cabo Verde.