Informação avançada aos jornalistas pelo presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação e Apoio à Investigação Criminal (ASFIC-PJ), Agostinho Semedo, à margem da conferência alusiva ao 29º aniversário da Polícia Judiciária, sob o lema “desafios e ganhos”, que decorre na cidade da Praia.
"A principal dificuldade que se verifica, sobretudo no sector do laboratório da Polícia Científica, prende-se com os materiais reagentes que são utilizados nos processos de exames de DNA, e outros exames toxicológico, que constituem funções do próprio laboratório. São reagentes com grande impacto orçamental, daí que, uma das dificuldades que eminentemente temos sentido, tem a ver precisamente com a aquisição dos materiais, dos reagentes importantes para a realização de exames no laboratório”, explica.
Agostinho Semedo destaca ainda a carência de recursos humanos na PJ: “com o funcionamento da unidade de investigação criminal em Assomada, e também o funcionamento do departamento da Boa Vista, houve uma redistribuição dos recursos humanos, e isto acabou por revelar claramente a deficiência que temos, tanto a nível do pessoal de investigação criminal, como a nível do corpo de segurança. Daí, a força sindical irá também, mais uma vez, propor junto da direcção nacional do ministério da Justiça, a possibilidade de prever o recrutamento tanto do pessoal ligado à investigação criminal, ligado ao apoio à investigação criminal, bem como do corpo de segurança com vista a dar uma maior resposta em termos de efectivos, e a melhor redistribuição a nível dos departamentos", relevou.
O presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação e Apoio à Investigação Criminal avança que desde Dezembro foi apresentada uma proposta de revisão da portaria que regula o subsídio de piquete da Polícia Judiciária, que há vinte anos não é actualizado. A proposta está nas mãos da ministra da Justiça.