​ADAD quer efeitos práticos da lei que proíbe importação de plástico de utilização única

PorFretson Rocha, Rádio Morabeza,16 mai 2022 14:09

A Associação para a Defesa do Ambiente e Desenvolvimento (ADAD) quer a criação de condições para a execução da lei que proíbe a importação de plásticos de utilização única. A iniciativa foi anunciada na última sexta-feira, pelo Governo.

Em entrevista à Rádio Morabeza, o presidente da ONG ambiental, Januário Nascimento, aplaude o projeto de proposta de lei, mas diz que é preciso garantir a sua efectivação.

“É preciso criar as alternativas, criar as condições para a execução dessa lei. Desde essa lei deve ser regulamentada porque se passar muito tempo vai ficar como as outras leis que são publicadas, mas que não têm o impacto necessário”, defende.

“Também entendemos que é necessário que haja um grande envolvimento do sector privado, das Câmaras Municipais e das organizações da sociedade civil. Existe já algum trabalho de reciclagem – nós mesmos já estamos a trabalhar nessa área com a Caboplast e outras empresas. Estamos a fazer campanhas de recolha de plástico, sobretudo o plástico convencional, que vai ser reciclado”, diz.

O líder da ADAD acredita que com a proibição da importação de plástico de utilização única, o país fica mais limpo dos sacos de plástico e de outras embalagens, resolvem-se alguns problemas de saúde pública e isso ajudar no desenvolvimento do turismo.

A decisão governamental acontece cinco anos após a lei que interdita a importação, produção, comercialização e utilização de sacos de plásticos convencionais.

“Nós não podemos afirmar que chegou tarde porque as leis devem chegar quando são criadas as condições. Nós não devemos ter pressa em publicar as leis que muitas vezes são feitas e que depois não têm efeito no terreno. Chegou em boa hora, mas a ADAD insiste que é preciso que essa lei seja posta na prática”, refere.

Apesar das preocupações manifestadas pelos diferentes quadrantes da sociedade sobre o lixo, a questão das lixeiras continua a ser um problema em diversos pontos do país. Januário Nascimento lamenta a situação.

“Infelizmente, o grande problema de Cabo Verde são as lixeiras. Nós em matéria de saneamento estamos ainda no século XIX. Não evoluímos muito. Não criámos soluções para o nosso lixo. Nós entendemos que é preciso que haja mais investimento, mais educação e um envolvimento maior de toda a sociedade cabo-verdiana, principalmente do Governo e das Câmaras Municipais para ajudar a resolver esse problema do lixo, porque hoje em dia há soluções técnicas”, realça.

Para os dias 5 e 8 de Junho, a Associação para a Defesa do Ambiente e Desenvolvimento anuncia uma campanha de limpeza na cidade da Praia, que deve abranger também as regiões costeiras.

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Autoria:Fretson Rocha, Rádio Morabeza,16 mai 2022 14:09

Editado porAndre Amaral  em  29 jan 2023 23:27

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