José Barbosa, que falava na Praia, acrescenta que também existem outros compromissos e pendentes que o Governo deve respeitar.
“Mais uma vez, [vimos] denunciar a nossa insatisfação sobre aspectos laborais oportunos, que continuam sendo incómodos no seio da Polícia Nacional. Exemplo grave tem sido o excesso de carga horária. Não obstante a conjuntura actual, facto de enorme peso, ter beliscado de modo geral o processo normal de desenvolvimento do país, em particular todo o plano estratégico e operacional da PN, o funcionamento e desempenho das instituições policiais, prejudicando seguramente a eficácia e eficiência da Polícia Nacional, medidas profundas e corajosas se tornam cada vez mais urgentes e necessárias”, avançou.
O sindicalista apontou que o estado psicológico do pessoal operativo da Polícia Nacional é frágil e que a carga horária continua a ser excessiva. O abandono do exercício da profissão pode tornar-se uma realidade e deve merecer atenção especial.
"É sabido que, na Polícia Nacional, o direito à carga horária legal tem sido severamente violado, isto de Santo Antão à Brava, e já lá vão três anos que a Polícia Nacional não se viu contemplada com novos efectivos, com agravante dela ter vindo a perder anualmente números significativos. Sabe-se que vêm ocorrendo situações de trabalho sob condições lamentáveis, precaríssimas em várias unidades policiais, onde impera infracção flagrante dos direitos dos profissionais da polícia. Por esta razão, deve o Governo redobrar o seu investimento, acreditar na segurança interna, logo, na Polícia Nacional, sendo um pilar importante para o sucesso do país", afirma.
José Barbosa sublinha que o assunto já é do conhecimento da Direcção Nacional da Polícia Nacional e da tutela.
O presidente do SINAPOL diz ser lamentável que instituições públicas e privadas, sobretudo Câmaras Municipais, estejam a manipular de forma subtil os serviços da Polícia Nacional ao não pagarem os serviços extraordinários prestados, por exemplo, em festivais