Governo considera a notícia publicada no Jornal português Tal & Qual uma “cabala de conspiração”

O Governo considera que a notícia publicada no Jornal português Tal & Qual é um atentado à imagem e à credibilidade do Governo e avança que recorrerá a todas as instâncias legalmente previstas para “repor a sua honra e bom nome que se procurou manchar”.

Face à reportagem do jornal Tal & Qual, de Portugal, intitulada “Homicídio compromete Governo de Cabo Verde”, “divulgada também no jornal Santiago Magazine e no Jornal A Nação”, o Governo, representado pelo ministro de Estado e ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elísio Freire, diz que “intencionalmente”, é um atentado à imagem e à credibilidade do Governo.

“Enquadra-se perfeitamente numa cabala de conspiração. Em face da notícia publicada em Portugal, o Governo reagiu de imediato, exercendo o seu direito de resposta para repor a verdade. O director do Jornal português Tal & Qual já foi notificado para o efeito. Considerando a gravidade das calúnias e das falsidades, o Governo também já contactou um gabinete de advogado para analisar a possibilidade de um processo de responsabilização criminal pela mentira e grosseira falsidade reveladas na notícia/reportagem”, avançou.

Segundo Fernando Elísio Freire, o jornal Tal & Qual e os que a reproduzem, devem ter em conta que Cabo Verde (…) continuamente, tem dado provas da sua resiliência face aos mais diversos interesses e pressões, de pessoas, grupos ou organizações, sejam elas políticas ou ligadas de alguma forma ao mundo do crime”.

“Devem ter em conta que os magistrados em Cabo Verde não são manipuláveis pelo poder político. A Justiça em Cabo Verde não pode ser acusada de subserviência ao poder político ou administrativo e nem a qualquer outro seja de que natureza for. O sistema judicial implantado em Cabo Verde está rodeado de mil e um cuidados para garantir a total independência dos Juízes e a autonomia completa do Ministério Público”. 

O governante aponta que a Procuradoria- Geral da República de Cabo Verde, através do Departamento Central de Ação Penal, no âmbito dos Autos de Instrução em que se investigava a morte de José Lopes Cabral a 13 de Outubro de 2014, concluiu de forma inequívoca e categórica não existirem indícios do cometimento de crime, tendo proferido despacho de arquivamento.

“Concluiu mais ainda: Paulo Rocha não esteve nem sequer indirectamente envolvido na operação de Outubro de 2014. É uma mentira inventada por uns poucos, e repetida para parecer verdade! O inquérito levado a cabo pela Procuradoria-Geral da República é minucioso e extenso. Como consta do inquérito, foram interrogados todos os alegadamente envolvidos e todas as testemunhas”, reiterou.

O ministro do Estado adverte que o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha nunca foi constituído arguido e que a reportagem do Tal & Qual “para além das mentiras e calúnias contém uma série de trapalhadas”.

Fernando Elísio Freire aponta que a reportagem está recheada de inverdades. Apontou a afirmação que “Paulo Rocha é o mais jovem membro do Governo, indo fazer 30 anos de idade; Refere-se a Juiz Jubilado chamado Felipe Soares, que não existe; Identifica Manuel Brito-Semedo como ex-Reitor de Universidade, cargo que nunca ocupou”.

“A notícia/reportagem do "Tal & Qual", reproduzida em Cabo Verde é uma afronta à verdade e à realidade dos factos e visa deliberadamente denegrir o bom nome, a imagem, a dignidade e o profissionalismo da pessoa do Ministro da Administração Interna. Visa atingir grosseiramente o Primeiro-ministro com alegações graves, com recursos a citações no mínimo levianas, genéricas e sem a mínima aderência à realidade dos factos”, considerou.

Este governante diz que há muito que se nota um “esforço planeado e concertado, manipulando e distorcendo factos, para um ataque deliberado à pessoa do ministro da Administração Interna e uma perseguida determinação em pôr em causa a sua idoneidade, mas também a idoneidade do Governo e de Cabo Verde”.

“O Governo repudia esse esquema "complô" de se produzir notícias em Portugal atentatórias do bom nome e prestígio do país e das suas instituições, como estratagema para a sua credibilização interna, prática que se vem tornando hábito, recorrendo a profissionais muito distantes da realidade diária de Cabo Verde. Cabo Verde é um país sério e não uma República das Bananas e os cabo-verdianos não se deixam enganar por manipulações tão grosseiras e interesseiras”, afirmou.

O ministro sublinhou ainda que o Governo não vai abdicar do seu direito de responsabilizar os autores do que considera um atentado.

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Autoria:Edisângela Tavares (Estagiária),12 jan 2023 14:21

Editado porAndre Amaral  em  4 out 2023 23:28

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