Jaqueline Silva, avança que do número de acidentados, 68% são homens e 32% de mulheres.
“Tivemos três acidentes mortais em 2022, um em Santiago, um em São Vicente e o outro na ilha do Sal. A maioria desses acidentes aconteceu no sector da construção civil, que é o sector mais complicado. Portanto, em São Vicente, tivemos 182 acidentes de trabalho, na ilha do Sal 132 e, na ilha de Santiago, 95. São as ilhas com o maior número de acidentes de trabalho", avança
A maioria dos acidentes de trabalho acontece no sector da Construção Civil. O Inspector-geral de Trabalho, Anildo Fortes, frisa que este é um sector que precisa de organização.
“Não é apenas a IGT que deve intervir, porque antes da fiscalização há muitas acções que se podem fazer. Depois é que vem a fiscalização. Dou um exemplo: do licenciamento das obras. Nós não temos conhecimento. Portanto, as Câmaras Municipais licenciam as obras, mas não nos informam. Assim, fica difícil o trabalho da Inspecção Geral de Trabalho para fiscalizar. Temos que saber onde e que se vão iniciar as obras, entre outras coisas. Às vezes, chegamos numa obra e não há identificação do dono da obra, do responsável da obra, etc”, explica.
O objectivo da conferência “Construção Segura, Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais Zero” é incutir nos trabalhadores, entidades empregadoras e na sociedade em geral uma cultura de Prevenção e Segurança no Trabalho.
A abertura da conferência foi presidida pelo Secretário de Estado Adjunto da Ministra da Saúde, Evandro Monteiro.