A União Europeia não trabalha com Cabo Verde apenas por solidariedade, mas também porque a segurança do golfo da Guiné é também a segurança dos cidadãos europeus.
Posição do coordenador sénior da União Europeia para a segurança marítima no golfo da Guiné, embaixador Nicolas Berlanga, em declarações aos jornalistas no âmbito do seminário sobre os desafios da segurança marítima no Golfo da Guiné, que arrancou hoje na cidade da Praia.
Nicolas Berlanga comenta que o Golfo da Guiné é estratégico para a segurança internacional contra o terrorismo.
“Quero sublinhar que nesta vasta região do Golfo da Guiné, que vai do Senegal a Angola, Cabo Verde, sem dúvida, é um parceiro especial para nós”, explica.
O diretor nacional de Defesa, Tenente-Coronel Domingos Correia, defende que a segurança marítima é um desafio complexo, em constante evolução.
“Nesse sentido, Cabo Verde reitera o seu ensejo em alargar e aprofundar essa parceria especial com o objectivo de fortalecer ainda mais as nossas capacidades de patrulhamento, vigilância e protecção marítima. Estamos empenhados em trabalhar em conjunto com a União Europeia e os seus Estados membros para juntos podermos desenvolver estratégias e acções concretas que nos permitam enfrentar essas ameaças de forma eficiente e sustentável”, assegura.
O seminário centra-se no papel de Cabo Verde na Arquitetura Inter-regional de Yaoundé para a Segurança Marítima e nas ameaças específicas que o país enfrenta, atendendo à sua situação geográfica.
O objetivo é discutir as prioridades de segurança marítima de Cabo Verde e a cooperação com parceiros internacionais na vigilância e protecção de águas sob sua jurisdição.
Participam no seminário representantes das autoridades civis e militares cabo-verdianas com responsabilidades na segurança marítima e representantes de vários Estados Membros da UE, como Dinamarca, Espanha, França, Luxemburgo e Portugal.