De acordo com Cláudia Rocha que falava em conferência de imprensa, há uma primeira fase de identificação das pessoas e a segunda fase de avaliação, e que face às informações que as autoridades têm e vão também recolhendo no terreno, já foram accionados os Serviços de Informação e as outras forças de serviços de segurança que estão a actuar, no sentido de saber quais são os passos para localizar os jovens.
“A informação que temos é que serão Cabo Verde 168, da Diocese de Fátima, e 27 de nacionalidade angolana, da Diocese Porto Mós (…). À medida que as dioceses vão percebendo que os jovens inscritos não estão aparecendo vão dando notas às autoridades”, explicou, lembrando que nesta segunda-feira, 31 de Julho, foram revelados que eram 106 peregrinos, entre cabo-verdianos e angolanos.
De acordo com a inspectora, o que as autoridades sabem neste momento é que “eles não compareceram nos locais onde deveriam estar para as actividades”, mas que isso não significa que os mesmos não estejam autorizados para permanecerem no território, porque as pessoas têm um período de permanência autorizada concedida através do visto.
Entretanto, Cláudia Rocha esclareceu que após esta fase, entrarão numa situação de permanência irregular e aí ficam sujeitas a quaisquer medidas habituais previstas na lei de estrangeiros, caso circulem irregularmente.
“Agora estamos a tomar nota dessas ocorrências, a registar e a perceber quem são elas e numa segunda fase, se assim entenderem as autoridades, teremos que entrar em contacto e pedir o apoio das autoridades diplomáticas dos países de origem. Certamente que é uma das medidas que podem ser equacionadas”, frisou.
A inspectora coordenadora superior do Gabinete Técnico de Fronteiras de Portugal revelou, ainda, que do grupo dos peregrinos cabo-verdianos ausentes, o mais novo tem 19 anos, uma informação que tem relevância, relativamente às medidas que de seguida deverão ser adoptadas no acompanhamento dos próprios, a começar pela eventual necessidade de entrar em contacto com as famílias nos países de origem.
A JMJ Lisboa 2023 decorre em Lisboa de 01 a 06 de Agosto, sob o lema “Maria levantou-se e partiu apressadamente”, da delegação de Cabo Verde previa-se inicialmente cerca de mil peregrinos.
Várias actividades serão realizadas, como vigílias de oração, festivais da juventude, missas diárias, concertos, conferências, feira vocacional e reflexões em múltiplos espaços da capital, estando o ponto alto reservado para o dia 06, com a missa presidida pelo Papa Francisco, que também participa na Via-Sacra (04) e na Vigila (05).
Conforme a organização, a Jornada Mundial da Juventude junta em Lisboa entre um milhão e 1,5 milhões de pessoas, sendo que o Papa Francisco chega no dia 02 de Agosto e fica na capital portuguesa até 06 de Agosto.
As principais iniciativas da JMJ Lisboa 2023 decorrem em Lisboa, no Parque Eduardo VII, na zona de Belém e no Parque Tejo (a norte do Parque das Nações e em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures).
A JMJ foi instituída pelo Papa João Paulo II, em 1985, e, desde então, tem-se evidenciado como um momento de encontro e partilha para milhões de pessoas por todo o mundo.
A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, tendo depois passado pelas cidades de Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).