“Se a situação continuar podemos fazer greve e congelar notas”, garantiram os manifestantes.
Os docentes protestaram com palavras de ordem como “basta e respeito pela classe docente”, “salário digno”, “educação de qualidade se faz com valorização do professor”. Walter Silva, porta-voz dos manifestantes, pede mais dignidade.
“É uma manifestação de professores e para os professores para exigir mais dignidade à classe, aumento salarial ou um reajuste em relação à inflação. Também exigimos melhores condições porque temos professores que trabalham com 37 alunos dentro de uma sala e temos 5 a 6 avaliações para fazer. É desumano. Também exigimos o descongelamento das carreiras, ou seja, reclassificação, progressão, promoção. O melhor seria um novo Estado do Pessoal Docente”, defende.
Depois de uma concentração na Praça Dom Luís, os manifestantes percorreram algumas artérias da cidade do Mindelo em direcção à delegação do Ministério da Educação, onde permaneceram durante cerca de 20 minutos. A iniciativa da manifestação partiu de um grupo de professores e repetiu-se um pouco por todo o país com o apoio do Sindicato dos Professores de Santiago e do Sindicato Democrático dos Professores. O ministro da Educação diz desconhecer os motivos do protesto.
O porta-voz dos professores de São Vicente, Walter Silva, discorda.
“Os motivos são os que acabei de elencar. Ainda temos pendências desde 2013/2014. Tivemos o último aumento salarial em 2015. Mais motivos do que estes não têm”, diz.
Nova grelha salarial, progressão na carreira, novo Estatuto da Carreira Docente e subsídio pela não redução da carga horária são algumas das reivindicações.
Os professores em São Vicente prometem voltar à rua para participar nos protestos agendados pelo Sindicato Nacional dos Professores. O SINDEP, que não apoiou a acção de hoje, agendou uma manifestação para 4 de Novembro e greve e manifestação para o dia 23.