“Não há casos de dengue na ilha. Embora não existam casos de dengue, somos uma ilha de mobilização contínua de pessoas que vêm de outras ilhas. Então, estamos atentos para o possível aparecimento de casos. Neste momento, juntamente com a 1ª Região Militar, estamos a realizar campanhas de pulverização ao nível da ilha. E como na próxima semana já teremos a realização do Festival da Baía das Gatas, neste momento estamos a trabalhar exactamente ao nível da baía, fazendo pulverizações”, garante.
A profissional de saúde refere que o trabalho no terreno está a ser feito por elementos das Forças Armadas, que receberam formação para desempenhar a atividade. Jaqueline Cid explica que as actividades antivectoriais são realizadas ao longo do ano, com mapeamento dos locais críticos e tratamento dos focos de mosquito, numa acção conjunta com o Ministério do Ambiente e Câmara Municipal.
“Porque falar de mosquitos não é só falar de zonas urbanas. Também temos que ver as regiões rurais, sobretudo onde existe a prática de agricultura e criação de gado. São nesses sítios onde, juntamento com o Ministério do Ambiente temos colocado peixes gambusias que se alimentam das lavras e evita a proliferação de mosquitos. Também com a Câmara Municipal realizamos sempre campanhas de limpeza de modo a evitar a proliferação de mosquitos na ilha”, refere.
A médica lembra que a mobilização da população para eliminar os criadores do mosquito é fundamental para prevenir as doenças vectoriais.
“Normalmente a criação de mosquitos deve-se à atividade humana. Então, as pessoas têm um papel muito importante a nível das suas residências, evitando água parada nos pratos dos vasos das plantas para evitar a criação de larvas, bem como nos reservatórios que colocam água para o consumo. Deve-se também evitar deitar lixo, resíduos e água nas ruas, lembrar que é muito importante o armazenamento de água e de resíduos em locais apropriados”, aponta.
A cidade da Praia e a ilha do Fogo têm registado vários casos de dengue.
De acordo com a Organização Pan-americana da saúde, a doença é transmitida através da picada do mosquito infectado Aedes aegypti e afecta pessoas de todas as idades, com sintomas que incluem febre baixa ou alta, acompanhada de forte dor de cabeça e dor atrás dos olhos.
A prevenção pode ser feita através do combate aos focos de criação do mosquito transmissor, principalmente a água que fica parada em recipientes como copos plásticos, pneus velhos, vasos de plantas, entre outros.