CCS-SIDA preocupado com populações vulneráveis

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,30 nov 2024 8:05

Os últimos dados, referentes ao mês de setembro, indicam que, das 4.995 pessoas vivendo com VIH/SIDA em Cabo Verde, 3.072 estão em tratamento antirretroviral, com uma prevalência de 2,3% entre as pessoas com deficiência. O Comité de Coordenação de Combate à SIDA (CCS-SIDA) está preocupado com a taxa de prevalência entre os usuários de droga, afirmou hoje a secretária executiva.

Em entrevista à Inforpress, no âmbito do Dia Internacional de Luta contra o VIH/SIDA, a secretária executiva do CCS-SIDA, Celina Ferreira, sublinhou que as pessoas com deficiência merecem toda a atenção, com ações direcionadas à inclusão e prevenção. Ela também recordou a meta de eliminar o vírus até 2030.

O comitê demonstrou, na mesma linha, "uma certa preocupação" com os usuários de drogas, uma população de risco para a infecção, que apresenta uma taxa de prevalência de 2,5%.

A secretária executiva garantiu, na ocasião, que a situação permanece estável na população em geral, com uma taxa de prevalência de 0,6% (0,7% nas mulheres e 0,4% nos homens). Contudo, nas trabalhadoras do sexo, o número sobe para 4,9%, e nos homens que fazem sexo com homens, ele duplica para 9,4%.

O país, assegurou, já está a caminhar para a eliminação da transmissão do VIH/SIDA de mãe para filho, através de um conjunto de estratégias de prevenção, proximidade e combate à propagação da infecção.

De acordo com estudos, 100% da população de Cabo Verde já ouviu falar do vírus, sabe como se transmite, conhece os métodos de prevenção, os testes disponíveis e os tratamentos oferecidos nos centros de saúde e serviços hospitalares.

Por isso, Celina Ferreira defendeu que é necessário aumentar a consciencialização da população para "encarar o VIH/SIDA como um problema de saúde pública", destacando a estratégia "diagnosticar e tratar", adotada para as pessoas diagnosticadas com o vírus.

"Ao longo do tempo, o protocolo de Cabo Verde para o tratamento antirretroviral tem-se modernizado. Antes, as pessoas tomavam entre 16 a 20 comprimidos; hoje, a maior parte toma apenas um comprimido por dia", disse, acrescentando que, nos próximos anos, o país contará com tratamento injectável, que será administrado uma ou duas vezes ao ano.

Celina Ferreira também avançou que estão previstas várias atividades de sensibilização para o mês de dezembro, incluindo conversas abertas, visitas a escolas, comunidades, associações e parceiros do setor público e privado.

O ato central será realizado na quarta-feira, 4 de dezembro, no auditório do Banco de Cabo Verde (BCV), com a presença de organizações, parceiros técnicos, financeiros e religiosos, bem como de atores comunitários. De 23 a 28 de novembro, ocorrerá a promoção da Semana Internacional de Testes, em parceria com a Verdefam, nas ilhas de Santiago e São Vicente, durante a qual serão oferecidos testes de VIH, hepatite B e C e sífilis.

O Dia Internacional de Luta contra o VIH/SIDA foi uma iniciativa de James Bunn e Thomas Netter, dois oficiais do Programa Mundial de Combate à SIDA da Organização Mundial da Saúde (OMS). A ideia ganhou apoio dentro e fora da organização, sendo reconhecida pela resolução 43/15 da Assembleia Geral da ONU, em 1988, com o objetivo de sensibilizar a população para a importância da data.

Este ano, a efeméride é assinalada sob o lema "Proteger a saúde, proteger os direitos humanos: Sigamos o caminho dos direitos".

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,30 nov 2024 8:05

Editado porFretson Rocha  em  1 dez 2024 6:20

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