Para Joana Rosa, a reformulação de políticas de prevenção da lavagem de capitais e financiamento ao terrorismo foram consideradas tendo em conta as especificidades de Cabo Verde
“Houve uma identificação prévia de sectores, que eu diria sectores catalíticos. Desde o facto de ser um país de investimento, portanto o turismo, a imobiliária, as entidades que são as ONGs, tidas também na nossa sub-região como entidades que têm sido utilizadas para a lavagem de capitais. Trabalhamos a moldura do quadro legal, que é a reformulação daquilo que são as medidas de política para a lavagem de capitais, financiamento ao terrorismo, tendo em conta as nossas especificidades, mas também tendo em conta o combate que tem de ser dado à alta criminalidade ou criminalidade organizada”, afirmou.
A governante garante que se está a trabalhar numa estratégia Nacional para o combate à corrupção
“Estamos a trabalhar também numa estratégia nacional para o combate à corrupção, porque a lavagem de capitais tem sempre por detrás uma outra criminalidade. Então, havendo um esforço conjunto, envolvimento da Polícia Judiciária, da Unidade de Informação Financeira e do Ministério Público enquanto titular da acção penal, estaremos a criar condições para que o país possa reforçar a sua capacidade de prevenção, de investigação e da própria função punitiva que é dos tribunais”, frisou.
A aposta passa pela prevenção e repreensão.
“Está-se a dar o combate na vertente prevenção, das medidas de políticas de repressão, mas também no desapossamento dessas pessoas, desses criminosos que, utilizando a criminalidade, vão adquirindo recursos e colocar esses recursos em circulação no mundo, eu diria, não só junto às entidades financeiras, mas também às entidades não financeiras”, assegurou.
A ENCAVE é a principal rede de articulação institucional cabo-verdiana para discussões, formulação e concretização de políticas públicas e soluções de prevenção e combate à lavagem de capitais e ao financiamento do terrorismo.