Zaida Freitas falava à imprensa durante a festa de Natal promovida pelo Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA) destinada às crianças e adolescentes das estruturas da Delegação do ICCA em Santiago Sul, que aconteceu no Centro de Protecção Social, em Lém Cachorro, na Praia.
A campanha “Proteja – Crianças e Adolescentes Livres da Violência Sexual” tem como objectivo mobilizar a sociedade cabo-verdiana em torno do direito à protecção para uma infância e adolescência livre da violência sexual.
Explicou que esta instituição quer alargar esta campanha para as meninas desta faixa etária porque é nesta idade que tem “maior prevalência” do abuso e violência sexual.
“Queremos dar continuidade à campanha no próximo ano, com foco numa faixa etária que nos traz muitas preocupações que têm a ver com as meninas entre os 12 e 17 anos, que tem maior prevalência deste fenómeno", elucidou.
Esta responsável defendeu que algumas ilhas têm que ter um olhar “mais atento” sobre este assunto, principalmente nas ilhas de Santiago (Praia), São Vicente e a ilha do Fogo.
“São ilhas que nós sabemos que temos de ter uma abordagem mais assertiva”, assegurou, afirmando que é nesta dimensão que querem trabalhar no sentido de terem um programa nacional de parentalidade “positiva”.
“Nós sabemos que estes fenómenos de violação dos direitos das crianças estão muito relacionados com uma parentalidade trágica. Então, iremos trabalhar para que, a nível nacional, tenhamos este programa", garantiu.
Um outro assunto que o ICCA quer priorizar em 2025 juntamente com o Ministério da Saúde e da Educação é a promoção da saúde mental dos meninos e meninas desta instituição.