A decisão foi tomada numa reunião de emergência convocada pelo ministro Jorge Figueiredo, realizada este sábado, 24 de feve, com a participação de entidades da área da saúde e representantes de diferentes instituições. O encontro teve como foco avaliar e implementar respostas imediatas à problemática dos doentes mentais na rua, particularmente na cidade da Praia.
Entre as principais acções definidas está a disponibilização de quartos particulares no HAN para servir de espaço de atendimento e tratamento em fase aguda de descompensação. Além disso, as delegacias de saúde irão reforçar o mapeamento dos pacientes nesta situação, garantindo o devido encaminhamento para os serviços hospitalares e a posterior medicação domiciliária, em articulação com as famílias e os centros de saúde locais.
O reforço dos recursos humanos também está previsto, com a contratação de médicos, psicólogos e assistentes sociais para o serviço de psiquiatria do HAN. Paralelamente, será acelerada a construção do Hospital da Trindade, infraestrutura que deverá melhorar a capacidade de resposta do sector.
Outra medida anunciada é a criação de um centro de acolhimento e reinserção social para doentes mentais na cidade da Praia, em colaboração com o Ministério da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social. O Ministério da Saúde prevê ainda encontros com outros sectores, incluindo a Justiça e as autarquias, para reforçar a articulação e apoio às famílias com membros que sofrem de perturbações mentais.
O governo sublinha, no entanto, que a doença mental não deve ser generalizadamente associada à violência ou representar uma ameaça para a sociedade. O objectivo, segundo as autoridades, é garantir a inclusão e o acompanhamento adequado, evitando o estigma e assegurando respostas eficazes para a saúde mental no país.