A missão decorre até 11 de Abril e conta com a presença de especialistas internacionais, conforme informou a ARC num comunicado de imprensa.
O objectivo da iniciativa é analisar as condições para a implementação deste centro, que se pretende independente, confiável e dedicado à verificação rigorosa de informações.
A proposta surge como resposta ao crescente desafio da desinformação, que, segundo a ARC, tem impactos profundos na sociedade cabo-verdiana, afectando a confiança nas instituições, os processos democráticos e a segurança social.
Conforme a ARC, a proliferação de discursos de ódio, narrativas falsas, notícias manipuladas e campanhas de desinformação, sobretudo nas redes sociais e plataformas digitais, tem dificultado o acesso da população a informações fidedignas, comprometendo decisões e alimentando perceções distorcidas da realidade.
O futuro Centro de Verificação de Factos terá também um papel activo na promoção da literacia mediática e na responsabilização do discurso público.
Está prevista a utilização de tecnologias avançadas baseadas em Inteligência Artificial, já desenvolvidas pelo PNUD e implementadas em outros países, para garantir uma resposta célere e eficaz à propagação de conteúdos falsos.
Durante esta semana, os peritos internacionais e os parceiros da missão irão realizar um estudo detalhado das condições técnicas, logísticas e humanas necessárias para a criação do centro, com foco numa estrutura ágil e eficaz.
A ARC considera esta uma medida estratégica para reforçar a confiança pública, proteger a democracia e garantir o direito da população a uma informação verificada, promovendo assim uma sociedade mais consciente, informada e responsável.