​José Luis Neves manifesta “uma certa frustração” com arquivamento do caso do atentado de 2014

PorFretson Rocha, Rádio Morabeza,12 jul 2025 12:27

José Luis Neves, filho do ex-primeiro-ministro José Maria Neves, manifesta “uma certa frustração” com o arquivamento do processo relacionado com o atentado de que foi alvo a 30 de dezembro de 2014, à porta da sua residência, na cidade da Praia. Numa nota publicada na sua página de Facebook, a vítima diz que, pelo que viveu, deseja que “tudo seja esclarecido, saber a verdade e ver a justiça feita”.

É a reação de José Luis Neves ao comunicado da Procuradoria-Geral da República que dá conta que não existem provas suficientes para deduzir acusação, encerrando assim uma investigação que se arrastava há mais de uma década.

“Confesso-vos que ao ler este Comunicado da PGR, o sentimento que invade a minha alma é de uma certa frustração. Porque, é óbvio que quando alguém vive o inferno que vivi, deseja que tudo seja esclarecido, deseja saber a verdade e ver a justiça feita”, refere.

“Hoje, eu podia não estar aqui a ler este Comunicado da Procuradoria Geral da República (PGR) e a escrever estas linhas. Alguém quis que eu morresse há cerca de 10 anos atrás, no fatídico dia 30 de Dezembro de 2014 e perpetrou, contra mim, um violento atentado a tiro, à porta da minha casa. Mas, Deus não quis assim, não quis que eu partisse ainda....! E cá estou. Milagrosamente, mas sim!”, escreve.

No texto, José Luis Neves relata o sofrimento vivido nos anos que se seguiram ao ataque, descrevendo o impacto emocional e físico que enfrentou.

“O sofrimento por que passei é inenarrável. Continuar a viver era improvável e quase não foi possível”, partilha.

A decisão de arquivamento, segundo o Ministério Público, baseou-se no facto de não ter sido possível reunir provas suficientes que permitissem atribuir, de forma segura e objectiva, a autoria material ou moral do crime a qualquer dos suspeitos investigados.

No entanto, Neves lamenta o facto de continuar sem respostas.

“Não saber a verdade é viver o resto da vida com as dúvidas e os questionamentos. E a questão é - Por que razão alguém quis tirar a minha vida, brutal e precocemente?”, questiona, referindo-se às especulações e calúnias que diz ainda enfrentar.

José Luis Neves Agradece às autoridades cabo-verdianas por todas as diligências e investigações levadas a cabo, ao longo desses anos.

“Espero que um dia, antes do final dos tempos, possamos ter algumas luzes sobre este caso”, diz.

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Autoria:Fretson Rocha, Rádio Morabeza,12 jul 2025 12:27

Editado porFretson Rocha  em  13 jul 2025 13:19

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