Joana Rosa alerta para riscos complexos e necessidade de cooperação institucional

PorAnícia Veiga, Rádio Morabeza,1 dez 2025 14:23

Apesar de ser um país com instituições sólidas, estabilidade democrática e respeito pelos direitos humanos, Cabo Verde continua a enfrentar riscos económicos e criminais de âmbito transnacional, disse hoje a ministra da Justiça.

Joana Rosa falava hoje na abertura da segunda avaliação nacional de riscos de lavagem de capitais, financiamento do terrorismo e financiamento da proliferação de armas de destruição massiva, que decorreu esta manhã na cidade da Praia.

“Mas, como todos os Estados modernos, enfrentamos riscos complexos: riscos económicos e financeiros associados à abertura e integração global do nosso sistema; riscos operacionais, tecnológicos e emergentes próprios da era digital; riscos legais, institucionais e procedimentais que exigem constante atualização; e riscos criminais transnacionais que requerem cooperação e resposta coordenada”, apontou.

Joana Rosa defende que a avaliação nacional de riscos, para além de constituir um exercício de liderança e visão estratégica, permite ao país agir de forma preventiva.

“Permite ao país identificar ameaças internas e externas, compreender as vulnerabilidades sectoriais, calibrar os recursos disponíveis, priorizar intervenções e reforçar a resiliência institucional. Trata-se de um instrumento que ultrapassa o sector financeiro e que envolve hoje praticamente todas as áreas estratégicas do Estado: justiça, segurança interna, economia, supervisão, sector não financeiro, entidades privadas, organismos de controlo, infraestruturas tecnológicas e parceiros da sociedade civil. A avaliação nacional de riscos é, por isso, uma ferramenta de governação preventiva que nos permite agir antes do dano”, frisou.

A governante afirma que algumas instituições não se envolvem de forma adequada nesta matéria e alerta que a avaliação nacional de riscos só terá sucesso se todos assumirem plenamente as suas responsabilidades.

“Esta avaliação nacional de riscos só terá sucesso se cada instituição assumir plenamente a sua responsabilidade. O Governo tem observado, em exercícios anteriores, que algumas instituições, por vezes devido a constrangimentos operacionais, sobrecarga de tarefas ou falta de priorização, acabam por não se envolver de forma direta, constante ou suficientemente consequente. Este tipo de comportamento constitui um risco em si mesmo, um risco que não podemos aceitar”, afirmou.

O Workshop de Avaliação Nacional de Riscos de lavagem de capitais, fianciamento do terrorismo e financiamento da proliferação de armas de distruição em massa terá a duração de cinco dias.

De acordo com o Governo, a avaliação Nacional de Risco representa um marco no combate à criminalidade financeira.

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Autoria:Anícia Veiga, Rádio Morabeza,1 dez 2025 14:23

Editado porAndre Amaral  em  1 dez 2025 17:05

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