15 anos a multiplicar solidariedade em Cabo Verde

PorSara Almeida,7 dez 2025 9:31

Criada há 15 anos, a Fundação Donana nasceu da institucionalização de um trabalho solidário que Ana Fonseca Hopffer Almada já fazia há décadas, acudindo a quem lhe batia à porta a pedir ajuda. O próprio nome vem desse apelo: "Don'Ana, mesti don'Ana", diziam, e "Donana" ficou. Com a criação da fundação, o que era ajuda informal ganhou estrutura e escala, numa organização que se tornou referência nacional na solidariedade e cidadania. Hoje congrega dezenas de parceiros e beneficia anualmente milhares de pessoas através do Banco Alimentar, casas da sopa, formação e integração socioeconómica. Uma aritmética que dona Ana explica: "A solidariedade é a única operação onde divisão significa multiplicação".

Quando há 15 anos, o marido, David Hopffer Almada, lhe propôs presidir a uma fundação, resistiu. Conhecia-se bem: tudo o que fazia, fazia de corpo, alma e, principalmente, coração. E sabia o trabalho e esforço que isso lhe traria.

A proposta, porém, tinha fundamento e história. O casal, há muito que fazia acções sociais e ajudava quem os procurava. Ana, nos 42 anos como professora, estendia essa ajuda aos alunos, com quem também fazia actividades solidárias. Foi nesse contexto que ele sugeriu: "Vamos criar uma instituição e assim concentramos os donativos."

A princípio, Ana não quis, mas o marido não desistiu. Criou os estatutos da fundação e escolheu o nome Donana. Um nome fonético, que imitava os pedidos informais, durante anos feitos à “Dona Ana”. Ela acabou por ceder e, como previra, dedicou-se totalmente ao projecto.

Não imaginava a dimensão que o mesmo iria tomar nos 15 anos seguintes, tocando a vida de milhares de pessoas. "A única coisa que eu faço é trabalhar. É trabalhar muito e com o coração, com muito amor e muita fé”, diz.

Presidente e Fundação têm agora nomes que se fundiram ao ponto de muita gente achar que o nome de dona Ana é mesmo Donana.

“Dizem doutora Donana, dona Donana, porque não sabem que é dona Ana”, conta.

Construindo uma rede

A Fundação Donana foi criada oficialmente em Agosto de 2010, e apresentada ao público a 10 de Janeiro do ano seguinte, mês em que iniciou actividades.

Nasceu com um património de três mil contos, exclusivamente do casal, e ainda hoje toda a sua gestão interna é feita com recursos próprios. Por exemplo, as vendas dos livros de David Hopffer Almada revertem para a Fundação. “Ele deu os direitos à fundação”, explica Ana. Os parceiros que a organização tem apoiam, pois, projectos concretos, não para a gestão diária.

A Fundação nasceu também sob o lema de “Juntos a trabalhar para um Mundo Melhor”, tendo assumido como pilares a cidadania e a solidariedade, e desenvolvido um conjunto de iniciativas nas duas vertentes.

Foi crescendo e envolvendo outros parceiros. Graças ao trabalho de todos, sob rosto e coordenação de dona Ana, isso traduziu-se em números que superaram as expectativas: cerca de 1000 famílias beneficiadas anualmente pelo Banco Alimentar de forma permanente, três casas da sopa activas, centenas de jovens formados em cidadania, cerca de 100 mulheres apoiadas em programas de integração socioeconómica, dezenas de associações comunitárias parceiras (30 das quais na Praia) e dezenas de voluntários anuais.

Banco Alimentar

Um grande salto na história da Fundação aconteceu em 2012. Já antes, pessoas procuravam a Donana com fome e outras necessidades, mas o apoio prestado era descoordenado. Para uma melhor resposta, inspirada em campanhas realizadas em outros país, particularmente Portugal, Ana decidiu trazer para Cabo Verde o modelo do Banco Alimentar contra a Fome de Portugal. Telefonou, querendo falar com a responsável. Não conseguiu.

Foi através do embaixador de Portugal em Cabo Verde, Bernardo Lucena, que Ana conseguiu finalmente falar com Isabel Jonet, presidente da Federação dos Bancos Alimentares de Portugal e da Entrajuda.

Isabel Jonet veio a Cabo Verde. Depois, Ana Fonseca Hopffer Almada viajou para Portugal para assinar o protocolo, não com o Banco Alimentar, mas sim com a Entrajuda, por vários motivos. A Entrajuda, explica, é uma organização mais abrangente, criada na sequência do Banco Alimentar, que além de o tutelar, integra também o Banco de Meios Doados e Equipamentos, a Saúde Solidária e a Bolsa do Voluntariado.

A lógica é simples: dar apenas alimentos não chega. "Uma família vulnerável normalmente tem necessidade de tudo: alimentos, cama, colchão, roupa", enumera Ana. Assim, a Fundação Donana seguiu o mesmo caminho integrado, proporcionando hoje também várias valências no apoio.

E foi assim que o Banco Alimentar, sempre apoiado pela Entrajuda, iniciou a sua actividade, uma iniciativa que foi olhada com algum cepticismo. "Quando criámos o Banco Alimentar, disseram: não vai aguentar, muita gente já tentou e não conseguiu. Eu disse, não, eu vou conseguir, porque não vou criar à toa. Vou lá onde está a experiência, vou pedir, vou aprender", conta Ana, que sempre se definiu pela humildade. "Fui professora universitária muitos anos, mas sempre sabendo que aprendemos todos os dias com tudo e com todos. Por mais que saibamos, nunca sabemos tudo".

Tentando trazer todo o know-how da experiência portuguesa possível, a fundação enviou, inclusive, dois voluntários fazer estágio naquele país, conta.

Treze anos depois, o Banco Alimentar de Cabo Verde é uma realidade consolidada.

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Fomação de voluntários do Banco Alimentar

Apoia milhares de pessoas, de forma permanente ou pontual, realiza duas campanhas por ano nos supermercados, envolvendo dezenas de voluntários e seguindo a metodologia internacional dos bancos alimentares, e trabalha em parceria com dezenas de associações comunitárias espalhadas pelas ilhas de Santiago, São Vicente, São Nicolau, Sal e Fogo.

Aliás, a Fundação não distribui directamente, explicita a presidente. São as associações comunitárias que identificam as famílias vulneráveis, recolhem as cestas básicas na sede e fazem as entregas. A Donana, porém, faz visitas de controlo, verifica se os alimentos estão a chegar e se estão a melhorar a vida das pessoas. "É todo um trabalho", sublinha Ana, agradecida.

E a filosofia é: nada de assistencialismo ou coitadismo. "Ninguém é coitado. Se está realmente a precisar de ajuda, nós vamos ajudar. Com o estrito respeito pela sua dignidade”, justifica Ana.

Ao longo dos tempos, fazendo jus ao reconhecimento da iniciativa, nota-se um aumento dos donativos anuais arrecadados, que chegou a um pico inédito de mais de 500 toneladas em 2020, ano da COVID, e tem-se estabilizado em cerca de 250 toneladas de alimentos. Contas por baixo, se cada quilo custar 100 escudos, está em causa um valor de cerca de 25 mil contos.

Por trás dos números do Banco Alimentar está também uma rede sólida de empresas parceiras. Irmãos Correia, o grupo Khym Negoce e a CaboPlast, por exemplo, são alguns dos principais doadores, fornecendo toneladas de alimentos anualmente. Mas há muitas mais, e a relação, por vezes não é meramente institucional: Ana foi professora e muitos dos empresários que hoje apoiam a fundação foram seus alunos. Estas parcerias empresariais, aponta, são fundamentais para garantir a sustentabilidade do Banco Alimentar ao longo dos meses, para lá das campanhas bi-anuais.

Cidadania e “frutos”

Mas a fundação é muito mais do que esse apoio alimentar. “De nada serve darmos alimentos às pessoas, darmos tudo o que é material, se não as educarmos para serem bons cidadãos", defende Ana.

Um marco foi a criação, também em 2012, do curso de Educação para a Cidadania, que já formou centenas de jovens. A motivação foi dramática: as guerras entre grupos rivais em bairros da Praia, com tiros, mortes, jovens que se matavam uns aos outros. Ana, que na universidade leccionava Ética e Deontologia, recorda um trabalho feito com os seus alunos junto dos grupos de jovens em conflito com a lei. "Eu vi que realmente os chefes dos grupos diziam: nós somos violentados, na comunidade", recorda. "Violência gera violência".

Isso perpassou para o trabalho da própria Fundação que começou a desenvolver essa formação em educação para os valores, para a paz, para a civilidade, para o patriotismo, para a saúde e para o ambiente. "Juntamos o alimento para o corpo e também para o espírito", resume.

Projectos desta área da formação e capacitação foram também levados às prisões, envolvendo cerca de 120 reclusos. Os reclusos que concluem o curso recebem um certificado. Muitos, depois de sair da prisão, procuram-na e mostram-lhe como isso mudou o seu rumo e vida.

E há um outro projecto que marcou um antes e um depois na problemática da deportação em Cabo Verde. Um projecto de enorme impacto, que merece um relato mais personalizado e que ainda hoje é um dos grandes motivos de orgulho de dona Ana: a Associação Unidos para a Mudança.

A história começou quando Ana, no Centro de Intervenção Comunitária do Bairro do Brasil, ouviu falar de um rapaz, retornado dos EUA que dizia querer suicidar-se por desespero.

“Ele disse que se vai suicidar porque não tem ajuda. Está cá sozinho, a tia que o ajudava já não ajuda mais, não tem dinheiro para pagar a casa, não tem dinheiro para comer”, contaram-lhe. Ana procurou o jovem. “Eu vou-te ajudar”, disse-lhe. No seu próprio carro, foram falar com o senhorio do jovem, junto a quem Ana assumiu a renda da casa. Foram também a uma loja perto e comprometeu-se a pagar semanalmente os alimentos comprados pelo rapaz.

Foi então que o jovem disse uma frase que a tocou: "Não sou só eu, há mais pessoas a precisarem da ajuda."

E ela, por feitio incapaz da indiferença, respondeu: “Traz todos os que precisam de ajuda. Vamos criar uma associação."

Assim, cumprindo uma das missões da Fundação, que é “apoiar na criação de Associações Comunitárias”, foi assim criada, em Maio de 2012, por jovens retornados dos EUA, a Associação Unidos para a Mudança. Este “fruto”, que além da sua constituição, tem vindo a beneficiar de apoios outros da Donana, por exemplo, a nível de Formação.

A decisão valeu-lhe críticas. "Foram dizer ao meu marido: cuidado com a sua esposa, ela está a meter deportado no carro", recorda. Mas Ana não recuou. Hoje, mais de 100 jovens já foram integrados através da associação, beneficiando inclusive de formações profissionais, e muitos são guias turísticos. "Eles eram mal vistos. A própria família não aceitava e agora já aceita. Depois que eu comecei a trabalhar com eles, já todo mundo os aceita”, observa dona Ana.

Mas esta não foi a única associação cuja criação foi apoiada pela Donana. Ao longo dos anos, ajudou a formalizar e a dar vida a várias outras organizações comunitárias, sempre focada nos grupos mais vulneráveis. "Eu quis virar para eles. Eles é que mais precisam de apoio", justifica Ana.

Entre os exemplos estão a Associação de Pescadores e Peixeiras do Meio da Achada; Paz e Amor, dedicada a pessoas seropositivas; e Agrobarragem, em Santa Cruz, criada por um ex-recluso e continuada por outros jovens, com suporte contínuo da Fundação.

E há muitos, muitos outros projectos e associações parceiras.

Mulheres

Outro programa que merece destaque é a integração socioeconómica de mulheres em situação de vulnerabilidade, que já beneficiou 75 mulheres em três edições, com diferentes financiamentos e parceiros. O projecto nasceu de um desafio colocado à Fundação: mulheres vinham pedir cestas básicas porque tinham perdido a capacidade de negócio, mas não se enquadravam no perfil habitual dos beneficiários. É que as cestas básicas da Fundação Donana têm um público-alvo muito bem definido: idosos, pessoas com deficiência e pessoas que não podem trabalhar.

Mas vinham e diziam: “dona Ana, eu posso trabalhar, mas não tenho trabalho, e as crianças estão com fome". Para estas mulheres era preciso outra resposta. A fundação criou então um programa com três componentes: educação financeira, apoio à poupança e capital inicial para recomeçar o negócio.

No âmbito do programa, era-lhe dado um mealheiro, apenas com ranhura de entrada, onde deveriam colocar uma pequena poupança e fazia-se o acompanhamento regular. Era-lhe também doado um fundo de 10 mil escudos.

Um dos parceiros sugeriu que fosse reembolsável para beneficiar mais gente, Ana recusou. "São 10 mil escudos, é muito pouco dinheiro. A poupança que fizeram é mesmo para elas, para darem sustentabilidade e continuidade ao seu negócio. Nós vamos arranjar parceiros que nos vão financiar."

As três edições correram bem. "Há senhoras que conseguiram, com os 10 mil escudos, poupar 50, 60 mil escudos” e investiram, por exemplo, em equipamentos fomentando o seu negócio conta Ana orgulhosa.

Hoje, muitas destas mulheres já são microempresárias com negócios estabelecidos. Saíram da vulnerabilidade e da dependência de ajuda alimentar. "Valeu a pena, foi mesmo um sucesso", resume Ana. O programa vai ter continuação e conta já com uma lista de espera de mais de 200 mulheres. "Estamos à espera de financiamento. Damos um tempo, porque são vários projectos a gerir, mas proximamente vamos avançar”, vaticina.

Casa da Sopa

O projecto mais recente são as Casas da Sopa “Partilha do Pão”, criado em parceria com o grupo Khym Negoce, que visa proporcionar uma refeição quente a quem não pode confeccionar alimentos: idosos acamados, pessoas em situação de rua e doentes mentais.

A primeira nasceu no bairro Pensamento e funcionou durante dois anos servindo refeições completas, num apoio mensal de mais de 150 contos. Ana propôs então uma mudança de modelo: servir apenas a sopa, que é nutritiva e mais barata, permitindo abrir mais casas com o mesmo orçamento. Uma espécie de milagre do pão, multiplicando.

Durante este ano, foram criadas três casas da sopa no novo modelo: Bela Vista, inaugurada em Janeiro e gerida por associações comunitárias locais e pelo Centro de Intervenção Comunitária do bairro; Achada Santo António (Maio) e Achada de São Filipe (Novembro), ambas geridas pela Rede Maranata (Igreja Adventista).

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Inauguração da Casa da Sopa de São Filipe

A de Pensamento, entretanto, está temporariamente desactivada.

Neste momento, além da parceria com a Khym Negoce, o projecto conta a colaboração de dez restaurantes que doam a sopa e uma padaria que doa o pão, diariamente. Há também doação de frutas e iogurtes. Cada Casa da Sopa serve actualmente cerca de 50 pessoas, seleccionadas pelas associações comunitárias. "Não é qualquer pessoa chegar e ir. Há uma inscrição, há um controlo." Porém estão abertos a outros casos. A Organização Internacional para as Migrações (OIM), por exemplo, telefona por vezes para pedir apoio para estrangeiros à espera de regressar ao país de origem. "Temos sempre uma quota para esses pedidos”, refere.

Em São Vicente, uma nova casa está em preparação, num espaço cedido pela Faculdade de Educação da Universidade de Cabo Verde. O objectivo é abrir, em breve, mais casas em São Nicolau e no Sal.

Desafios

Ao longo destes 15 anos, a Fundação beneficiou milhares de pessoas. Só no Banco Alimentar, e de forma permanente, são cerca de sete mil por ano. Somando todos os projectos e acções solidárias, estima-se que tenha tocado directamente a vida de dezenas de milhares de cabo-verdianos.

E tem conseguido também o envolvimento de muitos parceiros e voluntários. Ana, aliás, insiste que é o rosto da Associação, mas por trás há também um imenso trabalho do Conselho de Administração da Fundação, de delegados, parceiros e voluntários.

E há também um grande activo que a Donana conquistou e que consegue incentivar as pessoas a apoiar os projectos da Fundação: credibilidade.

Num contexto em que muitas pessoas querem ajudar mas receiam que os recursos não cheguem aos beneficiários, a fundação construiu uma reputação sólida. "Somos uma marca de confiança", reconhece Ana. "As pessoas chegam e dizem: nós ajudamos a Donana, porque sabemos que o que nós damos vai ser bem utilizado."

Esta confiança não surgiu por acaso. Resulta de anos de trabalho em rede com associações que conhecem as comunidades, de prestação de contas e de um compromisso pessoal visível. Ana assume que investe anualmente mais de mil contos dos seus próprios recursos na fundação, um exemplo que reforça a seriedade do projecto.

Numa área onde a desconfiança pode matar iniciativas, essa marca de confiança tem feito a diferença, avalia.

Mas os desafios continuam. A começar pela necessidade de um armazém maior, na cidade da Praia, um apelo aliás feito durante a mais recente campanha do Banco Alimentar que decorreu no último fim-de-semana de Novembro.

Neste momento, existe apenas um “exíguo” espaço de armazenagem na própria sede, manifestamente insuficiente para os donativos, principalmente das empresas. “Se eu tiver um armazém, eu consigo trabalhar muito melhor e apoiar muito mais pessoas. Portanto, o desafio maior é esse”. Ana já pediu apoio à Câmara e ao Governo. Houve abertura, mas, até agora, sem resultados.

Precisa também de uma viatura própria para a distribuição, uma vez que a anterior, uma hiace em segunda mão oferecida por emigrantes na França, está velha e avariada.

Apesar das dificuldades, os planos não param. A Fundação quer agora consolidar e ampliar os projectos existentes, juntamente com os delegados que tem em várias ilhas e no estrangeiro. Abrir casas da sopa em São Vicente, São Nicolau e Sal. Expandir o programa de integração de mulheres a outras ilhas. Continuar a formar jovens para a cidadania. Continuar…

Celebrar

Quinze anos passados é também tempo de celebrar. As histórias de sucesso são muitas, embora Ana confesse que não guarda todas na memória.

"Eu não marco porque não peço nada em troca e, costumo dizer, ajudo para ganhar com Deus."

Embora não olhe a quem, não esconde a emoção quando é abordada por alguém a quem fez o bem.

Ainda noutro dia, numa cerimónia no Alto da Glória onde foi homenageada, uma senhora trouxe uma criança. "Este é o bebé a quem deu o berço", disse. A criança, que tinha dias quando Ana lhe ofereceu o berço, estava agora crescida. Ex-reclusos também a procuram para agradecer. "Essas histórias é que nos dão força para continuarmos”, admite.

Para celebrar o aniversário da Fundação, está a ser preparada uma gala, no dia 17 de Dezembro, homenageando mais de 40 parceiros principais. Estarão também presentes representantes das delegações das várias ilhas e da diáspora. Isabel Jonet e a Entrajuda estarão, “obviamente”, entre os homenageados. Será um momento para olhar o caminho percorrido e renovar o compromisso.

"Nós temos de deixar este mundo melhor que o encontramos. Estamos de passagem e não levamos nada connosco. Portanto, tudo o que temos é por empréstimo. Se é por empréstimo, é para partilhar", resume Ana. E acrescenta, com a filosofia que a guia há 15 anos: "Quanto mais partilhamos, mais recebemos. A solidariedade é a única operação em que divisão significa multiplicação. Quanto mais dividimos, mais multiplicamos".

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1253 de 03 de Dezembro de 2025.

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Autoria:Sara Almeida,7 dez 2025 9:31

Editado porJorge Montezinho  em  7 dez 2025 20:19

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