"Não tenho nenhum projecto para dizer mal de Cabo Verde nem das autoridades do país", disse a eurodeputada à Lusa, respondendo a acusações do Movimento para a Democracia, que considerou "graves" e "atentatórias do bom nome" dos dirigentes do partido e da imagem de Cabo Verde as suas declarações sobre o alegado favorecimento ao ex-representante da União Europeia.
"Pedi uma investigação porque há factos preocupantes", disse Ana Gomes, salientando que "o próprio Estado Português tentou comprar o terreno em causa e não conseguiu e de repente esse cidadão comprou e começou a construir uma casa, mesmo em cima da embaixada de Portugal".
"Até hoje não foi divulgado o contrato de compra e venda" do terreno, referiu também.
Em causa, está uma comunicação da eurodeputada socialista ao Gabinete Anti-fraude Europeu (OLAF, na sigla em inglês) e à chefe da diplomacia e vice-presidente da Comissão Europeia, Federica Mogherini, em que Ana Gomes denuncia suspeitas de benefício pessoal e favorecimento na alegada compra de um terreno, na capital cabo-verdiana, pelo ex-representante da União Europeia em Cabo Verde José Manuel Pinto Teixeira.
A OLAF está a investigar a denúncia.