As reacções do MpD foram avançadas em conferência de imprensa, esta tarde, na sequência das declarações proferidas também hoje pelo PAICV.
Relativamente ao caso da aquisição de terreno pelo ex-embaixador da União Europeia, Miguel Monteiro afirmou que o PAICV revelou o a sua verdadeira motivação.
“Assume-se como o responsável pela maquinação política criada à volta do negócio e não esconde a sua raiva contra o cidadão português Pinto Teixeira”, revela o secretário-geral do MpD.
Ademais, Miguel Monteiro aproveitou para instar o PAICV a apresentar as provas sobre as acusações que tem feito.
Para o dirigente do Movimento para a Democracia, a eurodeputada Ana Gomes tem liberdade para fazer as denúncias que entender, junto das instituições da União Europeia.
“Aquilo que nós consideramos que não deveria acontecer seria um pretenso aproveitamento por parte do PAICV”, rebate.
Confiante em como a verdade dos factos será apurada e tranquilo quanto à transparência do negócio, Monteiro insiste: “aquilo que não poderemos estar a fazer praça pública é denegrir a imagem de um cidadão sem que haja provas”, reforça.
Código de Ética
No que se refere ao Código de Ética da RTC, um dos motes da conferência de imprensa do PAICV, realizada esta manhã, Miguel Monteiro adiantou que o documento ainda se encontra na fase de debate interno.
“Transforma uma proposta de Código de Ética da RTC, colocada a circular entre os jornalistas e suas representações, para parecer e obtenção de contributos, em machadada na liberdade de imprensa e, em consequência, destila a sua raiva no governo e no ministro da tutela”, argumenta Monteiro.
No entender de Miguel Monteiro, o propósito do PAICV, ao qualificar precocemente este documento, “é claramente uma tentativa de pressionar e enviesar o debate.”