Hoje, em conferência de imprensa, na cidade da Praia, o PAICV, na região de Santiago Sul, através do presidente da Comissão Política Regional, Carlos Tavares, falou mesmo na violação de um direito fundamental do ser humano, associado à vida, à saúde e à dignidade humana, “cuja privação, a rigor, constitui uma violação de direitos humanos”.
O maior partido da oposição culpa a empresa Águas de Santiago (ADS) por, segundo diz, estar a reduzir a disponibilidade de água.
“Se numa comunidade há uma empresa que está reduzindo a disponibilidade de água para consumo humano a um nível insuficiente, está havendo violação desses direitos”, entende.
A par da diminuição no fornecimento de água, Carlos Tavares afirma que tem havido um aumento do seu preço, “numa perspectiva puramente comercial, de obtenção de lucros e receitas, em detrimento da qualidade do serviço prestado e de contrapartidas sociais, com impactos concretos na vida das pessoas”.
“Tudo isso fazendo parte de um pacote de empobrecimento generalizado que vivemos nos últimos tempos, com aumento de bens básicos, remetendo as famílias à uma vivencia difícil, tendencialmente a tornar a sociedade mais injusta e desigual, adentro de uma perspectiva que assinala submeter serviços essenciais, à logica do mercado, desprezando o princípio da comunidade de interesse, a razoabilidade e a solidariedade social”, afirma.
O partido vai mais longe e acusa a ADS de desrespeitar a população, “associado ao desleixo e burocracia que tem marcado o serviço prestado pela empresa”. O responsável político pede esforços maiores para uma gestão mais eficiente, transparente e orientada para o cidadão.