O convite a João Lourenço foi endereçado por Jorge Carlos Fonseca e entregue pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Filipe Tavares, que está de visita àquele país lusófono.
A confirmação da presença de João Lourenço na XII Cimeira de chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países Portugueses foi comunicada ontem, pelo Presidente da República, na sua página de Facebook e pelo gabinete de Jorge Carlos Fonseca, em nota enviada às redacções.
Durante a reunião magna de Julho, Cabo Verde assumirá a presidência da CPLP, actualmente exercida pelo Brasil. No seu exercício, o país quer colocar a cultura no topo das prioridades, com a proposta de criação de um mercado lusófono de arte e cultura. Paralelamente, o governo já fez saber que espera “avanços concretos” em áreas como mobilidade, cidadania lusófona e promoção da língua portuguesa.
Cabo Verde e Portugal lideram, no seio da organização, os esforços para a criação de um espaço de livre circulação entre os países que falam português. Há pouco mais de uma semana, em São Vicente, o ministro dos Negócios estrangeiros português, Augusto Santos Silva, disse que espera contar com o apoio dos restantes estados membros à proposta luso-cabo-verdiana.
Essa proposta consiste na criação de autorizações de residência nos países-membros da comunidade lusófona, cujo critério determinante seja a nacionalidade.
“Isto significaria que os cabo-verdianos poderiam trabalhar, estudar, residir livremente em Portugal, os portugueses no Brasil, os brasileiros em Moçambique, os moçambicanos em São Tomé, os são-tomenses em Cabo Verde e por aí fora, por serem nacionais de um espaço comum, que é a CPLP”, comentou.
“Implica também o reconhecimento das habilitações académicas e qualificações profissionais recíproca e também a portabilidade dos direitos sociais”, acrescentou.