Cabo Verde sucede ao Brasil na presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), posição que será assumida na próxima conferência da organização, que se realiza nos dias 17 e 18 deste mês, na ilha do Sal.
Numa conferência realizada na Cidade da Praia, Jorge Carlos Fonseca afirmou que Cabo Verde pretende “pôr ênfase a um conjunto de temas e de questões, dar uma grande ênfase à questão da mobilidade, sabendo de antemão que Cabo Verde, querendo o máximo, tem noção que não se pode ter o máximo de uma só vez e de imediato”.
“O ganho da presidência de Cabo Verde [da CPLP] tem que se traduzir em avanços no domínio da mobilidade, mesmo que seja uma mobilidade clara, por segmentos”, frisou.
Escritores, artistas, agentes e bens culturais, agentes económicos, empresários, estudantes são alguns dos segmentos em que o Presidente quer “avanços e conquistas claras”.
O chefe de Estado ressalva, contudo, que, “sabendo de antemão de que o que Cabo Verde pretenderia em tese pode não ter a adesão de todos os Estados membros nessa medida”, o que se pretende é “uma declaração que se ajuste aos graus de adesão de cada país em relação à mobilidade, de forma a que cada país possa em cada período aderir a propostas de mobilidade mais ou menos avançadas”.
Cabo Verde pretende ainda “avanços no domínio da cooperação económica e empresarial, dar ênfase à economia do mar, a economia marítima, que tem a ver com os oceanos, com a economia azul”, mas também o que tem a ver com a cultura, tecnologia e inovação.
“É o que nós pretendemos que seja traduzido na presidência cabo-verdiana: uma CPLP mais dinâmica, mais mobilidade de pessoas, de agentes económicos, mais ênfase na problemática dos oceanos, uma preocupação com a difusão da língua portuguesa, uma solução mais eficiente para o IILP” (Instituto Internacional de Língua Portuguesa).
Durante a XII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, com o lema “Cultura, Pessoas e Oceanos”, Cabo Verde vai assumir o exercício da presidência desta organização, durante o período de dois anos.
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste são os Estados-membros da CPLP.