A parlamentar, eleita pelo círculo do Maio, entende que na base do protesto estão “perturbações” devido ao “bom desempenho” da Câmara Municipal e aos anúncios de investimento do Governo para a ilha.
“Eu acho que esta manifestação tem motivações políticas, sim. O que está por detrás tem a ver com o bom desempenho da Câmara Municipal. Há um grupo que se candidatou, aquando das eleições autárquicas, que está a constatar, neste momento, o relançar, execuções de obras e requalificação de várias zonas, uma série de projectos em curso, e isso tem causado alguma perturbação a esse grupo”, diz à Morabeza.
“Também o próprio anúncio do Governo em relação a construção, para breve, da rampa [roll on/roll off] também tem criado algum desconforto para esse grupo”, entende.
O grupo União Maiense agendou a manifestação para amanhã, exigindo, sobretudo, a resolução do problema de acessibilidade, uma das promessas de campanha do Governo do MpD.
Joana Rosa diz que não há razão para a população sair à rua, relembrando vários investimentos previstos para a ilha. A eleita refere-se à construção da rampa roll on/roll off, já com financiamento garantido, além da construção de um aeroporto internacional na ilha, um projecto que consta do programa do Governo. Também diz que em relação a acessibilidade “já há sinais”.
“O Maio é uma ilha que tem merecido muita atenção deste Governo. Por isso, reafirmo que a população do Maio não tem razão para, neste momento, estar a manifestar, sendo, no entanto, um direito e nós respeitamos”, realça.
A deputada lembra a situação difícil encontrada a nível da ligação marítima e aérea e evacuação de doentes. Joana Rosa diz que a situação está a melhorar e pede paciência.
“Estamos ansiosos sim, mas temos que dar um tempo porque em um ano e tal, dois anos, não se pode mobilizar grandes recursos. Temos que ter paciência”, refere.
A parlamentar diz que a população tem que exigir mais desenvolvimento da ilha mas defende que é preciso dar tempo, saber compreender e analisar os sinais.