Nogueira Pinto critica falta de aposta da CPLP em temas como energia

PorExpresso das Ilhas, Lusa,4 jul 2018 7:33

Jaime Nogueira Pinto
Jaime Nogueira Pinto

O consultor e historiador português Jaime Nogueira Pinto criticou hoje a excessiva atenção dada pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) a temas como os direitos humanos em prejuízo das identidades culturais ou questões energéticas.

“A CPLP não assumiu as raízes fortes das identidades culturais e depois, nalgumas áreas onde eu creio que os países CPLP todos têm recursos ou interesses”, como, “por exemplo, a área energética”, não deu a atenção devida, disse Jaime Nogueira Pinto, em entrevista à Lusa a alguns dias de mais uma cimeira da organização que junta, no Sal, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

O historiador português lamentou que os países-membros da organização não tenham apostado em “criar uma entidade que não fosse só retórica”. 

Considerando que a CPLP tem optado por caminhos menos correctos, o historiador deu o exemplo da energia como um dos temas que é transversal a vários países de língua portuguesa, ou questões culturais, como o estudo da “identidade das culturas lusotropicais ou lusófonas” e o modo como “isso se manifesta na literatura” ou noutras artes. 

Os protagonistas da CPLP “agarram-se às discussões como os direitos do homem, que é uma coisa que não é tão forte” em todos os países.  

Para o historiador, este “é o vício de toda a política contemporânea”, com uma “concentração em temas que são retoricamente simpáticos ou interessantes e não se pega nas questões que são importantes”. 

A questão da cultura, considerou, “está um pouco por trabalhar ou tem sido trabalhada em áreas ideológicas marginais”. 

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,4 jul 2018 7:33

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  27 mar 2019 23:23

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