Abraão Vicente reagia assim às críticas do actor e líder do grupo teatral Juventude em Marcha, Jorge Martins, que afirmou que os artistas de Santo Antão têm sido “altamente discriminados” por parte das autoridades nacionais responsáveis pelo sector da Cultura, isto depois de não conseguir apoios para a rodagem do telefilme Canjana.
“O Ministério da Cultura, pela primeira vez, tem editais públicos que são divulgados nos jornais da praça, na Internet, pelas câmaras municipais. Todos os grupos de Cabo Verde são tratados de igual forma, isso falando de justiça”, disse Abraão Vicente em declarações aos jornalistas à margem da visita que efectuou à Cidade Velha.
“Quando o Ministério da Cultura divulga os editais tem critérios claros de financiamento. Os grupos, em primeiro lugar, se candidatarem têm de ter projectos válidos”, acrescentou.
Quanto ao projecto Canjana do grupo Juventude em Marcha, Abraão Vicente notou que os grupos que fazem trabalho de pendor comercial “têm que se comportar também como empresas” que têm um produto que está no mercado para comercializar.
“O Governo de Cabo Verde, a partir de 2016, deixou a postura de centrar a sua política para Cultura nos apoios ou em subsidiar os grupos”, lembrou Abraão Vicente, realçando que “os grupos hoje têm que ter a sua capacidade de fazer o seu marketing, de se internacionalizar”.
Entretanto, deixou “uma nota muito positiva” ao grupo Juventude em Marcha que, segundo disse “tem feito a internacionalização do seu trabalho”.
“Quanto às criticas, eu tomo como normal no processo de governação, mas obviamente que o Ministério da Cultura não se revê na ideia de que possa haver injustiça”, enfatizou o ministro.