A inauguração das instalações contará com a presença de Moussa Faki, presidente da Comissão da UA, o cargo executivo mais importante da organização.
Faki irá ainda discursar durante a cerimónia de abertura, marcada para hoje, em Pequim.
O Governo chinês e a UA deverão assinar um memorando de entendimento visando "reforçar a sinergia" entre o projecto internacional de infraestruturas chinês, a "Nova Rota da Seda", e a agenda 2063, da organização, segundo o comunicado da UA.
Lançada em 2013 pelo Presidente chinês, Xi Jinping, a "Nova Rota da Seda" inclui uma malha ferroviária intercontinental, novos portos, aeroportos, centrais eléctricas e zonas de comércio livre, visando ressuscitar vias comercias que remontam ao Império romano, e então percorridas por caravanas.
Os projectos no âmbito daquela iniciativa estendem-se à Europa, Ásia Central, Sudeste Asiático e deverão passar a incluir grande parte do continente africano.
Durante a sua estadia em Pequim, Faki "vai reunir com as autoridades chinesas para discutir a melhor forma de avançar com a parceria entre a União Africana e a República Popular da China, no contexto dos resultados do FOCAC", refere o comunicado da organização.
A terceira edição do FOCAC junta hoje e terça-feira, em Pequim, dezenas de chefes de Estado e de Governo do continente africano.
A cimeira contará com três novos países, incluindo São Tomé e Príncipe, que se junta aos restantes países africanos de língua portuguesa, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique.
As restantes estreias são o Burkina Faso e a Gâmbia, que elevam assim para 53 o número de nações africanas com relações com a China.
Desde 2015, a média anual do investimento direto da China no continente fixou-se em 3.000 milhões dólares (2.500 milhões de euros), com destaque para novos setores como indústria, finanças, turismo e aviação.
O primeiro Fórum de Cooperação China-África aconteceu em Pequim, em 2006, e a segunda edição decorreu na África do Sul, em 2015.