Na quinta-feira, em conferência de Imprensa, o PAICV acusou a Câmara Municipal local de vender lotes de terrenos a dois tempos. Segundo o partido, além de pagar o preço da tabela oficial para alienação de terrenos, o comprador é obrigado a fazer uma doação no valor da diferença relativamente ao preço praticado no mercado especulativo.
Augusto Neves refuta as acusações e desafia Alcídes Graça a provar em tribunal se há ou não especulação imobiliária na autarquia.
“Acho que ele gosta muito de terrenos e lotes, só fala nisso e em corrupção. Mas se este trapaceiro está tão preocupado, e se existe corrupção, eu também quero saber e o convido para juntos irmos ao tribunal”, diz.
Questionado sobre as doações, Augusto Neves afirma que são feitas de forma voluntária pelos empresários que querem ajudar na infra-estruturação dos terrenos nas localidades.
“E as doações não são feitas somente quando um empresário quer ou queira ajudar na infra-estruturação do terreno. Também há doações de camiões, de materiais, há várias doações que se fazem à câmara municipal. Nós aceitamos porque a lei nos confere essa possibilidade".
Neves sublinha que todo o procedimento de venda e atribuição de lotes de terreno é feito na Câmara Municipal e não na rua, ao contrário do que foi sugerido pelo responsável local do PAICV, que disse que o suposto esquema de especulação imobiliária é executado por terceiros, sem ligação à Câmara Municipal.