Para o autarca, tanto António Monteiro como Alcides Graça querem prejudicar e afundar a ilha que, segundo diz, é segura e com uma população calma e tranquila.
As declarações do edil mindelense, feitas hoje, em conferência de imprensa, surgem depois de, na semana passada, a UCID ter dito que é preciso que o Governo resolva os problemas da ilha, para não ser o povo a resolve-los. Já o líder regional do PAICV, disse que São Vicente está em ebulição devido às promessas não cumpridas.
“É uma vergonha o presidente da UCID e o coordenador do PAICV, António Monteiro e Alcides Graça, respectivamente, usarem a bengala Sokols para incitar à violência numa ilha pacata e de pessoas honestas e trabalhadoras. É uma vergonha esses dois responsáveis servirem desta bengala, de pessoas que não conhecem São Vicente e que andam por aí em demagogias. Pessoas que fugiram de São Vicente há mais de 30 anos por vários motivos, que quando a situação estava boa na Europa não se lembraram que São Vicente existia e como a vida na Europa complicou, recordaram que eram daqui. ‘Es bem pta rede’”, entende.
Augusto Neves considera que muitas pessoas estão a aproveitar o movimento Sokols para se manifestar em ano pré-eleitoral. Por isso, entende que o movimento cívico está a ser usado como máscara, considerando absurdo exigir do actual Governo o que não foi feito em três mandatos pelo PAICV.
“Esses ‘maskrinhas de cu pelod’ disfarçados de Sokols tirem esta máscara e assumam sem covardia o seu partido. No próximo ano temos eleições e estamos todos aqui. Pergunto onde estiveram metidos essas ‘maskrinhas’ nos 15 anos de governação desastrosa do seu partido, PAICV. É absurdo e ridículo exigir a esse Governo do MpD, em três anos, aquilo que não foi feito nem resolvido em 15 anos de governação desastrosa do PAICV”, diz.
O presidente da Câmara Municipal de São Vicente questiona o porquê de as manifestações estarem a ser feitas agora, quando, segundo diz, há muitas obras a decorrerem na ilha. Por isso, garante não estar preocupado com a manifestação realizada a 5 de Julho.
“Eu não me preocupo com a manifestação, porque eu sei do trabalho que o Governo e que a Câmara Municipal estão a fazer e nós estamos diariamente no terreno e sabemos da avaliação da população”, realça.
Neves explica que a Câmara Municipal tem outras vias para fazer com que as coisas aconteçam.