O alerta é do presidente da câmara local, que, sem avançar o valor, admite que se está perante “uma dívida avultada”, insistindo na necessidade de se resolver a questão de regulação, com vista a diminuir os custos de distribuição.
Toda a água produzida pela empresa Águas do Porto Novo (APN) - 590 metros cúbicos/dia - é vendida à câmara municipal que, através do serviço autónomo de água, procede à sua distribuição.
Porém, a distribuição é “um serviço altamente deficitário”, devido às perdas na rede - 45% - com a edilidade a assumir mensalmente uma dívida que ultrapassa os dois mil contos. As dívidas acumuladas pela autarquia são, neste momento, superiores a 100 mil contos, segundo a Inforpress.
Aníbal Fonseca chama a atenção para a necessidade de se resolver a questão do défice tarifário e avisa que o município, a enfrentar “graves problemas financeiros”, tem “sérias dificuldades” para continuar a suportar a dívida.
O Governo diz estar “atento” à situação e já assumiu “o compromisso” com as autoridade locais para, “juntos”, encontrarem uma solução que viabilize o sistema de produção de água dessalinizada.
A APN, que representou um investimento à volta de 240 mil contos, resultou em 2007 de uma parceria público-privada, envolvendo a empresa Águas de Ponta Preta (APP), o Governo e o município do Porto Novo.