"Todos os países da África Ocidental têm especificidades que lhes concedem vantagens, desafios e problemas potenciais. Cabo Verde efectivamente tem uma Zona Económica Exclusiva muito grande. O facto de estarmos afastados por via terrestre do continente facilita a prevenção de determinadas situações como as doenças epidémicas, mas, por outro lado, também nos faz estar um pouco mais distantes do centro da discussão da percepção dos problemas em que está envolvida a nossa sub-região", explicou hoje o Conselheiro Nacional de Segurança, Carlos Reis, à margem do primeiro encontro de Conselheiros Nacionais de Segurança da CEDEAO, Marrocos e Mauritânia.
Segundo Carlos Reis este tipo de encontros serve "para promover a aproximação e para um melhor conhecimento recíproco" dos Conselheiros de Segurança Nacionais que, "tendo funções um pouco diferenciadas em cada um dos países têm, todos, a responsabilidade de acompanhar, aconselhar e ter esta percepção um pouco mais fora do horizonte dos seus países".
Na reunião os conselheiros de segurança vão discutir questões como o extremismo e o terrorismo jihadista, o tráfico de droga ou formas de optimizar a cooperação internacional.
Para o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, este encontro serve apara analisar os "muitos desafios de segurança a nível regional" e destacou "as preocupações com a radicalização, com o terrorismo" mas também as preocupações "a nível da saúde e outros temas como a alimentação ou a escassez de água."
"A nível regional os desafios não param de crescer e o importante é estarmos todos articulados e termos uma plataforma comum de trabalho e cooperação", defendeu.