O governante começou por apontar as potencialidades da ilha que, assegurou, vão desde a economia marítima, indústrias criativas, cidade de eventos, turismo marítimo, domiciliação de empresas para exportação e o Centro Internacional de Negócios.
“Portanto, é uma ilha com capital humano com boas condições a nível da saúde e ambiente arquitectónico urbano”, reiterou o ministro das Finanças, para quem São Vicente tem “todas as condições” para ser “lideraante” o processo de desenvolvimento de Cabo Verde.
Olavo Correia falava à imprensa na manhã de hoje na sequência de visitas a empresas, Mindelo, e garantiu que da parte do Governo “tudo” farão para que isso aconteça.
A ilha do Porto Grande está neste momento, segundo a mesma fonte, com “sinal de confiança e de retoma da economia”, com vários projectos em curso, embora, considerou, “é preciso trabalhar cada vez mais para que os projectos saiam da gaveta”.
Seguindo esta óptica, o Governo, ajuntou, quer promover o empresariado nacional e em São Vicente, em particular, onde nesta manhã de sábado escolheu visitar empresas ligadas à transformação do pescado, a Consermar e OJFP, construção civil, Armando Cunha e de reparação automóvel, BearPneus, que disse ser “empresas barómetro” para a economia.
Instado sobre os ‘inputs’ que leva da visita, Olavo Correia apontou “proximidade e parceria”.
“Não pode ser o Estado aqui e as empresas do outro lado. Somos todos cabo-verdianos e fazemos parte desta nação e estamos engajados”, ressalvou, com a ideia de que “ninguém é mais importante do que o outro”.
Também avançou estar a sociedade de risco de capitais exclusivamente públicos, a Pró Capital, pronta para entrar como accionista, com 25 por cento, e ainda intervir com o sistema de garantia parcial para facilitar acesso ao financiamento na nova empresa de transformação de pescado, em São Vicente, a Consermar, que deverá empregar cerca de 350 funcionários.
“O que é muito para um promotor nacional e precisamos criar condições para quem quiser investir, que o faça com garantias e criar empregos e rendimentos”, enfatizou Olavo Correia, para quem isso deverá ser feito com “espírito de cumprimento, em relação a prazos, obrigações e responsabilidades”.
“Temos que ter um país de cumpridores, porque o Estado não pode estar-se a relacionar com empresas incumpridoras e nós, também Estado, temos que cumprir com as nossas obrigações”, considerou a mesma fonte, acrescentando que o procedimento da Pró Capital tem sido feito com “várias empresas cabo-verdianas”, sendo que depois da consolidação o Estado sai e vende as acções a privados.
“É isso que tem que ser feito, um Estado promotor, catalisador e que sinalize as oportunidades, mas, para criarmos empregos e gerarmos rendimentos para os jovens cabo-verdianos em todo Cabo Verde e São Vicente em particular”, concretizou o ministro das Finanças, que tem feito este tipo de visitas a empresas também nas outras ilhas.