Com o facto de a Praia carregar “o peso da capitalidade e, por isso, suporta encargos extraordinários que não são naturalmente suportados pelas outras cidades do país”, o edil praiense defende que, com o Estatuto Especial, a cidade poderia “subir mais patamares de qualidade, elevando a auto-estima dos cabo-verdianos e ganhando o apreço de todos os estrangeiros”.
“E Praia não é só daqueles que aqui nasceram, de modo nenhum. Praia é daqueles que nela vivem ou trabalham, mas que, também, gostam dela! Para se ser praiense é preciso que gostemos da Praia e é fácil gostar dela”, acrescenta.
No entanto, criticou Óscar Santos, “há quem não goste, porque põe acima da Praia outros cálculos políticos, faz alianças espúrias, contranatura, para ganhar dividendos políticos, lançando isca para as próximas eleições autárquicas”. Para o autarca tudo isto não é mais do que “desculpa de meia tigela, feita para enganar os ingénuos, do tipo: eu não sou contra o Estatuto Especial, mas contra o calendário; eu não sou contra o Estatuto Especial, mas contra uns artigos do Estatuto”.
Sobre o chumbo do EE, Óscar Santos acredita que “é triste e mau para todos. E não apenas para a Praia, enquanto Capital ou mesmo sede do Município, cujos interesses não estão nem podem ser proclamados ou defendidos como se Cabo Verde fosse um conjunto de Municípios dispersos e com interesses desencontrados”.
“Não desistimos da nossa cidade”, concluiu.