O eleito afirma que o país assinala ganhos consideráveis no que se refere ao ensino superior, mas reforça ser necessário assegurar o acesso mais justo.
“Nenhum cabo-verdiano pode ser ou sentir-se discriminado relativamente ao ensino superior e ao seu acesso, por ter nascido na Brava, em Santo Antão, no Maio ou em São Nicolau. Aqui, cabe ao Estado criar as condições objectivas, visando garantir e assegurar o acesso justo, independentemente da ilha de onde o estudante é proveniente”, afirma.
Odailson Bandeira propõe algumas medidas que, no seu entender, podem ajudar a diminuir ou anular as desigualdades.
“A redução substancial das propinas e taxas na universidade pública. No nosso entender, dada a realidade socioeconómica do nosso país, é exagerado o valor actual da propina. Em jeito de compensação, deverá ser aumentada, consideravelmente, a subsidiação do Estado”, defende.
A redefinição dos critérios de atribuição de bolsas de estudos é outra proposta.
“Por exemplo, no caso do critério ‘equilíbrio regional’, defendemos que este factor deverá ter um peso maior nas ilhas ou municípios onde a Uni-CV não está presente, tendo em conta que um estudante de Santo Antão ou da Brava tem mais custos associados do que um estudante residente em São Vicente ou Santiago”, indica.
Odailson Bandeira recorda que os problemas financeiros dos bolseiros residentes em São Vicente e Santiago são recorrentes e pede por isso uma acção concertada das autoridades para pôr cobro à situação.