O apelo da Comissão Política Concelhia da Praia do MpD foi feita por Alberto Mello, durante uma conferência de imprensa.
“Enquanto oposição responsável e credível, não nos alegramos com o desnorte a que chegou o presidente da principal Câmara Municipal de Cabo Verde. Pelo contrário, é com tristeza que constatamos o estado em que se encontra a cidade da Praia, em praticamente todos os domínios da sua actividade”, proferiu.
Como exemplo, Mello citou a “lixeira a céu aberto, a desorganização do comércio informal, a incapacidade de resposta dos serviços, paralisação de obras estruturantes, violações da legalidade e incumprimento de compromissos assumidos”.
“A capital do país é um caos absoluto, com cerca de 30 obras de requalificação urbana paradas, colocando em causa a segurança dos munícipes, principalmente por emergência da época das chuvas e o seu impacto nas obras inacabadas”, considerou.
Para a Comissão Política Concelhia da Praia do MpD, Francisco Carvalho “não tem qualquer ideia” sobre o que fazer com a cidade, “não tem projecto e visão para o futuro, tão pouco conhece o que sejam as funções de um presidente da câmara”.
Quanto às acusações de corrupção do anterior executivo, Alberto Mello referiu que até agora o actual edil não apresentou qualquer prova. Nesse sentido, desafiou Francisco Carvalho a apresentar a folha de salários da CMP como prova da sua transparência.
“Desde que entrou na CMP até agora não apresentou a folha de salários nas Finanças. Todos queremos ver a folha de salários da CMP. Enche a boca para dizer que é transparente, que não quer corrupção, mas não publica a folha de salários da CMP, com directores que usufruem de salários de 200 ou 300 contos. Todos queremos ver a transparência do Francisco”, instigou.
Mello acusou o actual presidente da CMP de tentativa de intimidação no passado dia 1 de Julho, no Platô, ao antigo vereador António Lopes da Silva em reacção a um artigo de opinião escrito por este.
“A Comissão Política Concelhia da Praia do MpD vai continuar a acompanhar a evolução dos acontecimentos na autarquia, ao mesmo tempo que apela à autoridade do Estado para efectuar, o mais rápido possível, uma inspecção à Câmara Municipal, aos contratos firmados por Francisco Carvalho e às violações da legalidade”, solicitou.