A informação foi avançada à Inforpress, pelo membro do conselho nacional do partido, Carlos Lopes, também conhecido por Romeu di Lurdes, que adiantou que será feito, ainda, um balanço e analise da participação do partido nas últimas eleições legislativas.
Segundo revelou este responsável, durante o encontro de hoje vão ter a oportunidade de fazer uma análise colectiva do estatuto, apresentar propostas para proceder alterações em siglas e símbolos.
“Estamos a falar de um estatuto que existe há mais de 20 anos onde praticamente o partido não teve um percurso activo nem uma representação parlamentar para terem mais motivos para a sua actuação. Estamos a falar de um instrumento que precisa ser actualizado para que possamos proceder de forma legal e mais prático, sendo que estamos numa sociedade mais emergente”, referiu.
Para Romeu di Lurdes, o estatuto actual não serve, tendo em conta que a sociedade actual precisa de um instrumento para “agora”.
Em relação à participação do partido nas eleições legislativas de Abril último, considerou que o balanço é positivo porque o PTS está hoje mais reforçado e forte.
“Apesar dos desafios existentes o balanço foi positivo, porque fizemos um percurso fora do corredor dos dois partidos conhecidos. É um acto de ‘muita coragem’, mas também de amor à terra, porque quando olharmos para a situação em que o país está perdermos o medo e ganharmos mais estímulo para trabalhar e a dar o nosso contributo”, referiu.
Explicou que em 2016 o PTS concorreu apenas em Santiago Sul e conseguiu 94 votos e em 2021 conseguiu dar um salto e apresentou candidaturas em seis círculos adquirindo um total de 2.088 votos, o que lhe permitiu congregar pessoas e criar um núcleo que está comprometido a trabalhar.
“É um sinal de que se persistirmos com mais inteligência e mais estratégia conseguiremos ir mais longe”, apontou realçando que o congresso vai permitir ter instrumentos legais para avançar.
Consta ainda do programa, a participação do professor e sociólogo, Enrique Varela que irá debruçar-se sobre “o papel da juventude no firmamento da democracia” e a “importância dos novos partidos na esfera política cabo-verdiana”.
Segundo avançou, a ideia desse debate é levar essa temática às comunidades para uma maior reflexão tendo em conta que os jovens estão com muita vontade, mas existe ainda um receio onde a esfera política é muito fechada.
“Não existe espaço mais público do que a esfera política mas, contudo. é o espaço mais blindado. Mas é preciso reflectir sobre isso e desbravar este caminho, fazer com que a sociedade envolva mais, porque se não envolvemos com ideias, não é justo envolver só com exigências, temos que participar dar o nosso contributo, nossa parte e luta”, considerou.
Durante o congresso foi feita uma homenagem a Onésimo Silveira fundador do partido.