A constatação foi feita durante uma conferência de imprensa, em reacção a notícia “Dirigentes do PTS contra “golpe administrativo” requerem nulidade do congresso”, elaborada com base numa nota de imprensa do PTS, assinada pelos “presidente” e “vice-presidente” e em que prometem agir junto do Tribunal Constitucional a fim de requerer a nulidade do acto.
No documento, os signatários José Augusto Fernandes e Mário Moniz, “presidente” e “vice-presidente” do PTS, respectivamente, questionam a realização do congresso por um “grupo de pessoas que não pertencem ao partido”, e sem que o presidente ou vice-presidente tivessem sido convidados ou informados.
José Augusto Fernandes afirmou que chegou a assinar o documento que foi distribuído à comunicação social, “forçadamente, por Mário Moniz”, mas sublinhou que o mesmo não tem nenhum fundamento nem legalidade.
Explicou que, nos últimos tempos, todos os assuntos do partido estavam a ser tratados por Carlos Lopes, também conhecido por Romeu di Lurdes, com a assinatura e consentimento do presidente, justificando que está afastado do partido por motivos de saúde.
“O congresso é legal, porque assinei a convocatória e todo o processo para a realização do mesmo”, afirmou José Augusto Fernandes, que disse que estranhou as declarações e posicionamento do vice-presidente uma vez que foi um dos apoiantes de Romeu di Lurdes.
“Acho que Mário Moniz esta perturbado e não devia fazer isso”, disse José Augusto Fernandes, que desvaloriza as declarações do vice-presidente cessante do PTS.
José Augusto Fernandes explicou que por ser um jovem activo e interessado no partido, decidiu dar a Romeu di Lurdes todo o apoio e autorização para seguir em frente com o partido.
A conferência de imprensa contou também com a presença de Carlos Lopes, que disse estranhar as afirmações de Mário Moniz uma vez que dispunha de todos os procedimentos legais para a realização do congresso.
“São situações que acontecem, só que cada um tem as suas intenções em fazer certas coisas na qual desconheço as razões”, mencionou.
Avançou que desde Dezembro de 2020 está em contacto permanente com o José Augusto Fernandes, Mário Moniz e a equipa em São Vicente para se inteirar da situação do partido.
“Eu não vim passear na politica, vim dar o meu contributo e tive votos suficientes para ser eleito presidente. Por isso que estou aqui para repor a verdade, porque o PTS tem caminho para andar, tem projectos para concluir e tem contributo a dar para Cabo Verde”, finalizou.
Carlos Lopes foi eleito presidente do PTS, durante o congresso nacional do partido, que decorreu nos dias 21 e 22 na Assembleia Nacional.