Para o Chefe da Delegação Cabo-verdiana e Presidente da Comissão de Saúde do Parlamento da CEDEAO, Orlando Dias, este encontro, que se realiza na Praia, é importante em vários sentidos e um sinal de reforço da integração sub-regional “cada vez mais bem-sucedida, apesar da diferença dos sistemas linguísticos e especificidades dos países membros.
“Mais concretamente, esta reunião cria, por um lado, um quadro de consulta e troca de experiências entre os principais actores nos domínios da cultura, da Paz e da Segurança, da Tecnologia de Informação dos países da CEDEAO e Saúde, a fim de compartilhar iniciativas e experiências, através da opção da plataforma interactiva que é mantida”, discursou.
Por outro lado, segundo Orlando Dias, o encontro tem o mérito de reforçar as capacidades dos deputados comunitários, que, além disso, são actores fundamentais no processo de integração regional.
“Por último, mas não menos importante, traz mais-valia às iniciativas de prevenção dos extremismos violentos, que estão a aumentar, evidenciando assim a necessidade de reforçar a tolerância e a harmonia religiosas, para favorecer o diálogo inter-religioso e intercultural”, considerou.
Por sua vez, a ministra da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, Filomena Gonçalves, acredita que a escolha de Cabo Verde, expressa o reconhecimento do contributo que o país dá, para o enriquecimento daquela instituição regional.
Quanto ao tema escolhido pela Comissão Mista, a governante disse que não poderia ser mais actual e pertinente.
“Falar da tolerância e concordância religiosa, como factores essenciais para o desenvolvimento, paz e estabilidade no espaço da CEDEAO, significa, fundamentalmente, abordar um tema bastante caro a todos nós, condição "sine qua non" para o tão almejado desenvolvimento sustentável, da mãe Africa”, afirmou.
Já o representante da CEDEAO em Cabo Verde acredita que o encontro de hoje deve permitir não só abordar as causas do extremismo violento na África Ocidental, apresentar propostas para a sua prevenção e prevenção da radicalização, bem como discutir o diálogo inter-religioso e interétnico.