Segundo o comunicado do GAO o PIB nacional deverá crescer “pelo menos 8%” contra os 4,5% anunciados inicialmente.
A revisão em alta do crescimento do PIB será, segundo refere o GAO, impulsionado “pela normalização gradual dos fluxos turísticos”.
No entanto, alerta o GAO, “a incerteza quanto à evolução global permanece elevada”.
“Os principais factores de risco a médio prazo são a guerra da Rússia na Ucrânia, as novas variantes do vírus COVID-19 e a elevada exposição de Cabo Verde a outros choques externos, incluindo os relacionados com as alterações climáticas”, prossegue o GAO no comunicado a que o Expresso das Ilhas teve acesso.
Assim e ainda segundo o comunicado do Grupo de Apoio Orçamental, “uma eventual escalada e prolongamento da guerra da Rússia na Ucrânia poderão levar a uma desaceleração global e a pressões inflacionistas mais elevadas, impondo um apoio continuado do Estado para mitigar o impacto nos preços da energia e na segurança alimentar”, factores que levam o GAO a reiterar a “importância de adoptar mecanismos melhor direccionados para assegurar que as medidas de mitigação das pressões inflacionistas bens alimentares e na energia sejam dirigidas aos segmentos mais vulneráveis da população”.
O GAO lançou ainda o apelo para que o Governo avance com a consolidação fiscal por forma a diminuir o rácio da dívida sobre o PIB. “O reforço da mobilização de receitas internas é crítico neste processo. A este respeito, os parceiros do GAO encorajam o Governo a rever e racionalizar os incentivos fiscais, a fim de assegurar que o compromisso entre a perda de receitas fiscais e a atracção de investimento seja parcimoniosamente considerado. O GAO congratula-se com o reinício do processo de reestruturação de várias Empresas do Sector Empresarial do Estado (SEE), incluindo a concessão da ASA, e reitera a necessidade de continuar a melhorar a supervisão dos SEE, reduzir os riscos fiscais, aumentar a transparência da dívida, e limitar o apoio financeiro ao sector do SEE”.