Em declarações à imprensa, após um encontro com a MOAVE - Moagem de Cabo Verde, em São Vicente, Gilberto Silva revela que o executivo chegou a acordo com a empresa para que o preço da farinha passe dos actuais 4.600 escudos para 4.100 escudos [-10,9%].
“Fruto dessa articulação e desta cooperação com a MOAVE, nós conseguimos fazer baixar o preço do saco da farinha de trigo de 4.600 para 4.100 escudos e com um desconto para a indústria panificadora com o saco de 50 quilogramas a sair por 3.936 escudos [-14,6%]. Achamos que chegamos a um preço abordável, tendo em conta a conjuntura internacional”, diz.
O governante não revela se o desconto no preço implica alguma compensação financeira por parte do Estado à empresa importadora.
Gilberto Silva considera que a medida representa “uma vantagem para as famílias" porque deve fazer baixar o preço do pão carcaça, um produto básico. Ressalva, no entanto, que não é uma decisão que depende da MOAVE nem do Governo, porque o preço do pão não é regulado em Cabo Verde.
“Com isto nós entendemos que haverá condições para que não haja uma escalada do preço do pão, e acima de tudo que haja concorrência a nível da indústria panificadora e que com base na concorrência também possamos ter os melhores preços”, entende.
O governante refere que “há uma tendência a nível internacional para alguma baixa dos preços”, mas que isto ainda não se verifica na prática em Cabo Verde.
“Por isso, o Governo vai manter-se atento à situação, vamos continuar a analisar e intervir lá onde sempre for necessário, para que possamos assegurar que o sistema alimentar no seu todo seja resiliente e possamos fazer face a este choque internacional”, garante.
Desde o início deste ano que o Governo deixou de subsidiar a importação de trigo, alegando os avultados custos com a medida nos últimos meses, o que fez disparar o preço da farinha de trigo, com o saco de 50 quilogramas a passar de 2.890 escudos para 4.600 escudos, levando as padarias a anunciar aumentos no pão.