A avaliação foi feita, em conferência de imprensa, pelo secretário-geral adjunto do partido, Francisco Pereira, para fazer o balanço da reunião do Conselho Nacional, que esteve reunido, durante dois dias, para analisar a situação política do país.
De acordo com Francisco Pereira, é urgente a tomada de medidas, por parte do Governo, para mitigar os efeitos nefastos sobre as famílias, “particularmente as mais pobres e as que vivem das actividades agropecuária”.
Essa situação, segundo o dirigente do PAICV, é agudizada pela subida generalizada de preços dos produtos de primeira necessidade e do custo dos serviços, “que tem contribuído para a perda do poder de compra e aumento da pobreza extrema”.
“A inflação beira os oito por cento, demonstrando que as medidas foram insipientes e constata-se a insensibilidade do Governo em acudir os cabo-verdianos com a retirada da subsidiação da farinha de trigo” apontou, Francisco Pereira, acusando o Governo de escudar-se nas crises internacionais para não tomar medidas.
Sendo assim, para a resolução dos problemas dos cabo-verdianos e melhorar a situação económica do país, o PAICV propõe a diminuição de impostos, a manutenção dos subsídios do trigo e milho, retirada das taxas alfandegárias sobre os dois mil produtos, a abertura do emprego público e a revisão da política de rendimentos das famílias.
No domínio dos transportes, o maior partido da oposição exigiu a assunção de responsabilidades por parte do Governo, quando assumiu o compromisso de conectar as ilhas e os cabo-verdianos.
“O Governo não pode ignorar que Cabo Verde precisa de soluções de transportes para as ilhas, igualmente para o mundo, em especial para as nossas comunidades emigradas, frisou o deputado do PAICV para a Europa, garantindo que o seu partido não abdicará das suas responsabilidades neste sector.
No que tange à insegurança, defendeu que há uma “negação” do Governo da “situação dramática” dos níveis de insegurança e criminalidade no país, particularmente na ilha de Santiago.
Por outro lado, apontou que a liberdade de imprensa está “ameaçada” e com o Governo a “instrumentalizar” os órgãos públicos de comunicação social, a discriminar a imprensa privada e a excluir a oposição do acesso à informação.
“O PAICV defende a consolidação da democracia e dos Estado de Direito onde impera o primado do cumprimento da lei, onde se respeitam as instituições, a vontade do povo e o acesso aos direitos fundamentais”, concluiu o deputado “tambarina”