“Acreditamos que este é um momento de grande simbolismo que acrescenta valor e fortalece o nosso processo de desenvolvimento. A credibilidade e confiança nas instituições de Cabo Verde são reforçadas com a assinatura desse acordo, demonstrando a capacidade do país em lidar com desafios complexos e estabelecer parcerias sólidas com outras nações. É importante ressaltar que esse acordo recebeu a chancela das Nações Unidas, através do seu secretário-geral, António Guterres, que tem sido um farol na luta pela sustentabilidade ambiental”, realçou o secretário-geral do MpD, Luís Carlos Silva, em conferência de imprensa, na Cidade da Praia.
O secretário-geral do MpD aponta que o Fundo de Acção Climática terá como uma das fontes de receitas as prestações do serviço da dívida pública de Cabo Verde com o tesouro de Portugal. Nesta primeira fase, segundo Luis Carlos Silva, serão revertidos 12 milhões de euros.
O representante político acredita que o memorando de entendimento entre Portugal e Cabo Verde representa uma contribuição significativa para a sustentabilidade e a resiliência de Cabo Verde, mas também inspira outros países e regiões a tomarem medidas concretas em prol da acção climática.
“Não temos dúvidas de que este instrumento será um marco a ser replicado em outros países africanos por atacar dois problemas que são cruciais para África: o grave problema de sobreendividamento de África e por criar um instrumento para a acção climática”, disse.
O memorando de entendimento sobre a dívida de Cabo Verde com Portugal, foi assinado ontem, 20 de Junho, entre o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, e o ministro das Finanças de Portugal, Fernando Medina, e testemunhado pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e o seu homólogo português, António Costa.