Acordo de conversão da dívida reflecte credibilidade das instituições cabo-verdianas - MpD

PorEdisângela Tavares,21 jun 2023 12:57

O MpD considerou, hoje, que a assinatura do acordo de conversão da dívida de Cabo Verde para com Portugal em um Fundo de Acção Climática cria um extraordinário instrumento de acção política que aborda problemas cruciais, e reflecte a credibilidade e a confiança que Portugal e as Nações Unidas têm nas instituições cabo-verdianas.

“Acreditamos que este é um momento de grande simbolismo que acrescenta valor e fortalece o nosso processo de desenvolvimento. A credibilidade e confiança nas instituições de Cabo Verde são reforçadas com a assinatura desse acordo, demonstrando a capacidade do país em lidar com desafios complexos e estabelecer parcerias sólidas com outras nações. É importante ressaltar que esse acordo recebeu a chancela das Nações Unidas, através do seu secretário-geral, António Guterres, que tem sido um farol na luta pela sustentabilidade ambiental”, realçou o secretário-geral do MpD, Luís Carlos Silva, em conferência de imprensa, na Cidade da Praia.

O secretário-geral do MpD aponta que o Fundo de Acção Climática terá como uma das fontes de receitas as prestações do serviço da dívida pública de Cabo Verde com o tesouro de Portugal. Nesta primeira fase, segundo Luis Carlos Silva, serão revertidos 12 milhões de euros.

O representante político acredita que o memorando de entendimento entre Portugal e Cabo Verde representa uma contribuição significativa para a sustentabilidade e a resiliência de Cabo Verde, mas também inspira outros países e regiões a tomarem medidas concretas em prol da acção climática.

“Não temos dúvidas de que este instrumento será um marco a ser replicado em outros países africanos por atacar dois problemas que são cruciais para África: o grave problema de sobreendividamento de África e por criar um instrumento para a acção climática”, disse.

O memorando de entendimento sobre a dívida de Cabo Verde com Portugal, foi assinado ontem, 20 de Junho, entre o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, e o ministro das Finanças de Portugal, Fernando Medina, e testemunhado pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e o seu homólogo português, António Costa.

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Autoria:Edisângela Tavares,21 jun 2023 12:57

Editado porSara Almeida  em  16 mar 2024 23:28

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