Durante uma conferência de imprensa realizada hoje, o deputado Manuel Brito, expressou preocupações sobre a insegurança pública no país e a demora na nomeação de 132 agentes de segurança que foram devidamente formados há mais de seis meses.
Brito destacou o clima de medo e intranquilidade que tem afectado a vida dos cabo-verdianos devido ao aumento constante de assaltos, crimes e assassinatos.
"Dia sim, dia não, o país é acordado com notícias de assaltos, crimes e assassinatos, causando um clima de medo e intranquilidade a todos quantos vivem ou procuram Cabo Verde como destino para negócios ou para alguns dias de descanso", declarou.
Conforme ressaltou, muitos trabalhadores, especialmente os do serviço doméstico, do comércio e da construção civil, evitam circular a partir de determinadas horas para evitar assaltos.
O deputado Brito acusou o Governo de falta de medidas e políticas para lidar com a crescente insegurança e ressaltou a diversidade de crimes, que vão desde assaltos a mão armada até assaltos a bancos, gasolineiras, autocarros e casas comerciais, muitos dos quais permanecem sem solução.
A falta de recursos humanos e materiais adequados para a Polícia Nacional também foi enfatizada pelo PAICV, que observou que a polícia muitas vezes só pode patrulhar em viaturas e, em algumas esquadras, dispõe de apenas uma única viatura, o que limita sua capacidade de resposta em caso de emergência.
Nesse sentido, Manuel Brito criticou o Governo por sua falta de acção e negligência em relação aos 132 agentes de segurança que foram recrutados e devidamente formados em 2022, mas que ainda não foram nomeados para o exercício de suas funções.
Disse que esses agentes jovens estão enfrentando dificuldades significativas, incapazes de exercer qualquer outra catividade profissional.
"Está-se diante de mais uma prova da ineficiência do Governo em matéria de segurança e demonstração de grande insensibilidade para com essas pessoas que seguiram para a carreira policial", afirmou.