“O turismo de natureza tem potencial de crescimento em Cabo Verde para ganhar uma escala que impacte o emprego e produza efeitos sobre o crescimento da oferta de produtos locais da agricultura, das pescas, do comércio e das indústrias criativas. Mas com uma condição limite: não deve e não pode ser um turismo de massa”, afirma.
Ulisses Correia e Silva destaca o trabalho do governo na requalificação urbana, saneamento, restauro e mapeamento dos caminhos vicinais, “para dinamizar o turismo de natureza”.
O desafio passa por encontrar e debater os novos caminhos do turismo nacional, aliado à promoção de turismo e à acção climática e ambiental.
“Temos que tornar evidente, visível e compreensível a relação do turismo com a ação climática e ambiental para promover Cabo Verde como um destino sustentável em construção, através da aceleração da transição energética, da conservação da biodiversidade terrestre e marinha, combate à poluição marinha por plásticos, assegurar sistemas eficazes de saneamento básico, redução das emissões de carbono no turismo, entre outros”, enumera.
O programa de valorização turística e ambiental das aldeias rurais, conforme o chefe do governo, é um exemplo da abordagem integrada que está em execução. Associar o turismo à promoção e fortalecimento da marca 'Cabo Verde Criativo', a partir do património cultural, artístico e criativo, é outra meta do executivo.
A 1ª Conferência Internacional de Turismo de Natureza é uma iniciativa do Ministério do Turismo e transportes. O evento conta a presença de representantes dos parceiros de desenvolvimento de Cabo Verde, nomeadamente do Banco Mundial, da União Europeia, das embaixadas de Portugal, Espanha e Luxemburgo.