Amadeu Cruz falava aos jornalistas no final da conferência para a apresentação sectorial da proposta do Orçamento do Estado para o ano económico de 2024 (OE’2024), dedicado ao tema “inclusão, educação e saúde no OE’2024”, que teve como palco o Salão Nobre dos Paços do Concelho de Santa Catarina, em Assomada, no interior de Santiago.
“É uma manifestação pacífica, nós respeitamos naturalmente o direito à manifestação e não contestamos. Mas, é preciso dizer que tenho estado em diálogo normal com os sindicatos, e em Setembro recebemos todos os três sindicatos e terminamos as reuniões com um clima de entendimento, de articulação perfeita e de cordialidade”, disse o titular da pasta da Educação.
No entanto, informou que de Setembro a esta parte os sindicatos não solicitaram nenhum encontro com a tutela, razão que o leva a afirmar que desconhece as motivações da marcha pacífica, cuja iniciativa partiu de um grupo de professores, e que está a ser apoiada pelo Sindicado dos Professores da ilha de Santiago (Siprofis) e pelo Sindicato Democrático dos Professores (Sindprof).
“Não conheço as motivações da manifestação porque não comunicaram”, afirmou, notando que soube da marcha pacífica que terá lugar esta quarta-feira, 18, com concentração nas praças emblemáticas de cada concelho do País, a partir das 09:00, através da comunicação social.
“Eu trato com os sindicatos com lealdade, com respeito, com tolerância e moderação. Portanto, nós respeitamos naturalmente as manifestações, que são um direito constitucional, não poderia ser de outra forma. Podemos até entender os motivos, mas, desconhecemos neste momento os motivos, não fomos informados, não recebemos nenhuma comunicação e nenhum pedido de encontro suplementar”, observou o governante.
Na ocasião, reafirmou que o Governo tem estado a resolver todas as pendências dos professores e que todos os compromissos assumidos com os sindicatos têm sido atendidos.
“Já publicamos as reclassificações dos professores e a redução da carga horária. Vamos continuar a publicar as reclassificações para podermos honrar os compromissos. Eu falo com os professores e sindicatos de cara levantada, porque, nós ao assumirmos as nossas responsabilidades e compromissos é na perspectiva que temos condições para resolver”, assegurou.
“Se há outras revindicações e entendimentos estou disponível para receber os sindicatos para podermos ver estas reivindicações e ver em que medida é que o Governo pode ou não atender as reivindicações”, manifestou, insistindo que desconhece os motivos da marcha pacífica desta quarta-feira, 18.